sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Paulinho Jaú


De pé: Gilberto, Marcelo, Brasília, Gaúcho, Zé Luiz e Baiano
Agachados: Nenen, Paulinho Jaú, Pastoril, Roberto Dinamite e Colatino

Crédito: http://www.diariodaregiao.com.br/

Nas categorias de base, Paulinho Jaú formou com Roberto Dinamite - maior artilheiro da história do Vasco - e Pastoril - ídolo no Goiás -,umtrio muito respeitado. A equipe vascaína ainda contava com o zagueiro Gaúcho, titular dos profissionais durante muitos anos, e o goleiro Mazaropi, que depois jogou no Grêmio e Corinthians.
A foto de 1971 mostra a base do time campeão carioca juvenil.

Todo bom time começa por um bom goleiro. Mas precisa também ter uma defesa compacta, um maestro, um “matador” - que geralmente é o ídolo da massa -, e um carregador de piano - aquele que não aparece muito para a torcida, mas executa uma função tática importante. Um grande carregador de piano foi o meio-campista Paulinho, revelado pelo Vasco e que no América virou Paulinho Jaú. Ocorre que ele veio do XV e chegou ao Rubro na mesma época do centroavante Paulinho Cascavel. Logo, a imprensa local passou a distingui-lo pela cidade do último clube onde havia atuado. Paulinho se orgulha de ter “explodido” para o futebol junto com Roberto Dinamite, maior ídolo e artilheiro da história do Vasco, com 744 gols em 1.201 jogos, sendo 698 gols com a camisa cruzmaltina, em 1.110 partidas. Os dois chegaram praticamente juntos, em 1968, para as categorias de base do Vasco. A única diferença é que Paulinho saiu de Guará, na região de Ribeirão Preto, e Roberto era de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. “Tínhamos uma convivência muito boa e uma amizade sadia”, diz Paulinho.

Paulinho morava no alojamento do clube e Dinamite viajava diariamente para sua cidade. “O Roberto chegou a ir na minha casa, em Guará”, informa o ex-meia, que ficou cinco anos na equipe de São Januário. “Depois que saí de lá, nos falamos no casamento do Gaúcho (ex-zagueiro) e mais umas duas vezes por telefone.” O último contato já faz mais de 10 anos, porém o “carregador de piano” não esquece aquela época dourada. “Éramos uma família.” Paulinho foi levado ao Vasco por Ferreira, lateral-direito do Comercial, de Ribeirão Preto, que havia sido negociado com o clube carioca e o viu em ação num jogo festivo de final de ano em Guará. O coordenador das categorias de base do Vasco era Ademir de Menezes, o “Queixada”, vice-campeão mundial da Copa de 1950 com a Seleção Brasileira. Em princípio, “Queixada” relutou em manter um garoto do interior de São Paulo no alojamento, mas se encantou com o talento do “caipira” logo no primeiro coletivo. Passou a morar no alojamento de São Januário e a estudar no colégio Pio Americano, em São Cristóvão.

Foi campeão carioca juvenil (sub-20) de 1971 e acabou convocado para defender a Seleção Brasileira da categoria no Torneio de Cannes, na França. Atuou com Nielsen, Abel Braga, Jorginho Carvoeiro e outros. Na primeira fase, o Brasil fez 2 a 0 no Chelsea e ganhou de 1 a 0 da Hungria. Na final bateu a França (2 a 0). Na volta ao Brasil começou a integrar o elenco de profissionais do Vasco e estreou na derrota de 1 a 0 para o Botafogo, de Gerson, Jairzinho, Paulo César Caju, Carlos Alberto Torres e outras feras, pelo Estadual de 1971, no Maracanã. Jogou mais quatro vezes pela equipe principal até ser emprestado à Ponte Preta, em 1974, onde disputou o Paulistão com Carlos, Oscar, Tuta e outros. Terminado o empréstimo com a Ponte, ele se recusou a voltar para o Vasco. “Por falta de orientação e de experiência, me precipitei e decidi parar de jogar.” Passou a disputar torneios amadores regionais pela Associação Atlética Guaraense, de Guará, até ser redescoberto pelo técnico Cilinho, no final de 1977.

Cilinho treinava o XV de Jaú, que havia conquistado o acesso para o Paulistão, e garimpava jogadores para formar a equipe. Foi ver o meia João Carlos, da Guaraense, numa partida amistosa contra a Guairense, mas se rendeu à habilidade de Paulinho. Depois de três anos, recomeçou a carreira profissional no XV de Jaú, em 1978. Estreou no empate de 1 a 1 com o América, num amistoso disputado em Jaú. Em 1980, Paulinho estava para ser negociado com o São Paulo. “A transação estava adiantada e até hoje não sei porque não deu certo.” Então, permaneceu mais um ano no Galo da Comarca até ser contratado pelo América. Chegou a Rio Preto no dia 6 de janeiro de 1981. Assinou contrato, começou a treinar e cinco dias depois estreou, na derrota de 2 a 1 para o Palmeiras, no Parque Antártica, pela Taça de Prata do Campeonato Brasileiro.

Parada precoce e dono de bar

Paulinho Jaú ficou no América até dezembro de 1983, quando decidiu pendurar a chuteira prematuramente, aos 30 anos de idade, para investir na carreira da mulher, Angélica, que havia se formado em odontologia. Montaram um consultório e levavam uma vida tranqüila ao lado da filha Gabriela, que hoje está com 26 anos. Aguardavam o nascimento do segundo filho, porém, Angélica teve complicações no sexto mês de gravidez. Os médicos tentaram, mas não conseguiram salvá-la. Mesmo abatido pela morte da mulher, Paulinho juntou forças para seguir sua vida. A partir de 1984 passou a investir no comércio. Montou uma mercearia na Vila Imperial. Depois, começou a criar porcos e galinhas na chácara dos pais José Francisco e Maria Alice, na estância Jockey Club, em Rio Preto. Os negócios não iam tão bem quanto se esperava.

Por isso, Paulinho resolveu comprar um bar na esquina das avenidas Potirendaba e Arthur Nonato, no bairro São Joaquim, onde está há 15 anos. Nascido em Guará, no dia 5 de novembro de 1953, Paulo César Cardoso de Alcântara casou-se novamente, em 1987, com Meire. Eles moram no bairro Cidade Nova, em Rio Preto, e a curtição é o filho Silas, de 11 anos. “Ainda bem que ele gosta mais de estudar do que jogar bola”, brinca Paulinho. Betão, irmão de Paulinho, também foi um bom meio-campista, que jogou na Ferroviária, Votuporanguense, Taquaritinga e outros times.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Chico


Em pé: Augusto, Barbosa, Rafanelli, Danilo, Jorge e Eli.Agachados: Djalma, Maneca, Friaça, Lelé e Chico.
Equipe do vasco da Gama, campeão invicto do Sulamericano de Clubes de 1948.


Nome: Francisco Aramburu
Nascimento: 7/1/1922, Uruguaiana-RS
Falecimento: 1/10/1997, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1942 a 1953Posição: Ponta-esquerda
Gaucho de Uruguaiana, Chico foi um ponta veloz, inteligente e valente, que chutava forte com os dois pes, driblava na corrida e cruzava certeiro com a canhota. Dono da camisa 11 do Expresso da Vitoria, travava duelos memoraveis com Bigua', lateral do Flamengo. Na selecao brasileira, Chico tambem nao negava fogo nem fugia do pau. Durante o Sul-Americano de 46 em Buenos Aires, revidou a uma entrada mais dura de um zagueiro argentino. Na briga generalizada que se seguiu, apanhou da policia argentina a golpes de sabre. Em 1950, Chico foi um dos seis titulares que o Vasco forneceu `a selecao brasileira vice-campea mundial, tendo marcado quatro gols.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Coronel



Entrevista com Coronel, ex-jogador do Vasco na década de 50 ao site oficial do C.R. Vasco da Gama em 26/08/2005.

Coronel (Foto: Paulo Fernandes)
“Paulinho (de Almeida), Bellini, Orlando (Peçanha) e Coronel”. Esta era a zaga que a maioria dos vascaínos do final da década de 50 recitavam na ponta da língua. Jogadores que vestiram diversas vezes a camisa da Seleção Brasileira e que ajudaram o Vasco a conquistar campeonatos importantes como os Cariocas de 1956 e 1958, o Torneio Rio-São Paulo, além de muitas competições na Europa contra os principais times do mundo.

Pelo lado esquerdo desta zaga dura e infalível atuava Coronel, que na época tinha que encarar pontas de nível como Telê, Joel, Garrincha, Dorval, entre outros. O tempo passou, as chuteiras foram penduradas, mas o amor e seu ligamento com o Vasco nunca se separaram, e até hoje nas sociais de São Januário podemos ver Antônio Evanil da Silva, ou simplesmente Coronel, acompanhando os jogos do time, sua grande paixão.

Aos 69 anos, o lateral que parou Garrincha bateu um papo com o Site Oficial do Vasco. Confira a entrevista:

Site Oficial: Ano que vem fazem cinqüenta anos de sua primeira conquista pelo Vasco que foi o Campeonato Carioca de 1956, quais lembranças você tem desta competição?

Coronel: Foi meu primeiro título como profissional do Vasco da Gama, onde tinha grandes nomes, grandes homens como: Bellini, Vavá, Walter Marciano de Queiroz, nosso querido e saudoso Pinga, Sabará, Orlando Peçanha, etc. Foi realmente um grande time e uma grande conquista. Espero que nestas oportunidades que vão ter daqui para frente, o Vasco procure fazer uma homenagem com carinho, assim como nós jogadores fizemos quando jogamos. Futebol não é só o dinheiro... futebol é amor, assim como eu tenho pelo Vasco da Gama.

S.O.: Você jogou num tempo que tinha muitos craques na lateral-esquerda como Nilton Santos, Altair e Rildo. Conte mais sobre os craques desta época.

Coronel: Estive há poucos dias com o Nilton, e foi um prazer não só jogar contra ele, mas junto com ele na Seleção Brasileira. Tem uma passagem importante no Sul-Americano de 1959 na Argentina, quando fui o único reserva do Nilton Santos que conseguiu jogar numa competição em que ele estava. Como ele se lesionou, entrei naquela oportunidade e disputei todo o Sul-Americano.

Na decisão Brasil e Argentina, o Nilton já estava recuperado, então o técnico Vicente Feola me disse: “Nós estamos felizes e contentes com você, mas o Nilton vai fazer a despedida dele, portanto gostaria de terminar o campeonato com ele jogando”. Respondi: “Senhor treinador, fique à vontade, estou feliz aqui ao lado do Nilton e de todo o plantel da Seleção Brasileira”.

Ao invés de aceitar, o Nílton Santos fez um apelo ao Feola pedindo que eu permanecesse, e assim aconteceu. Infelizmente, no finalzinho da partida a Argentina empatou e se sagrou campeã, pois jogava pelo empate. Então nós saímos invictos do Sul-Americano e eu feliz da vida por ter participado daquela gloriosa campanha, ao lado de Pelé, Zagallo, Garrincha, Didi, Zito, etc.

Isto é muito bom, porque você imagina: cheguei aqui no Vasco da Gama ainda garotinho, vim lá da roça como um suicida e de repente estava na Seleção Brasileira ao lado dos maiores ídolos do futebol de todos os tempos.

S.O.: Já que estamos falando nestas feras, como era enfrentar o Garrincha?

Coronel: O Garrincha era imarcável! Mas tabus existiam e ainda existem hoje em dia. Por incrível que pareça, sem desmerecer e com maior respeito ao adversário, o Botafogo era freguês de caderno do Vasco. Na semana do clássico eu já fazia as compras antes, porque o bicho era certo.

E a pessoa que mais me ajudou foi o Garrincha, que até hoje é reconhecido como o maior ponta direita do mundo de todos os tempos. Com muito carinho comigo, ele disse que fui o seu melhor marcador. Você imagina quanta alegria eu tenho e tive na época, com o melhor jogador do mundo dizendo que fui o seu melhor marcador! É uma pena que ele não está mais aqui.

S.O.: Muitos falam nas comparações entre Pelé e Maradona, mas outros dizem que Garrincha foi melhor que os dois. Qual a sua opinião?

Coronel: Não existem diferenças e comparações entre eles. Desculpe o termo que vou usar: “Não se pode comparar Dílson com Zé Buchudo”. Garrincha é o Garrincha e Maradona é o Maradona. Garrincha foi o maior jogador de todos os tempos, claro, dentro da sua posição, assim como Pelé dentro da sua. Falar de Maradona é bom, porque foi realmente um craque, e estou feliz por ver ele se recuperando das drogas. Mas não podemos comparar Garrincha com Maradona e Pelé com Maradona.

S.O.: Qual a diferença que você vê sobre o futebol de sua época com o de agora?

Coronel: Não sou saudosista, antigamente você colocava pra fora tudo que tinha de bom. Hoje 90% é físico e os craques não podem mais criar. Não que seja culpa do treinador, é culpa do futebol moderno. Tenho o prazer de vir ao Vasco da Gama, pois sempre vejo o time jogar e digo que não tenho saudade do meu tempo. Mas também não vejo grandes jogadores, é um ou outro que aparece, porque os próprios treinamentos tiraram a criatividade do jogador. Hoje parece um time de robôs, onde são obrigados a fazer o que o treinador quer desde as escolinhas. Então acabaram aqueles jogadores como Gérson, Didi, Garrincha, Maradona e Pelé, não permitindo fazer uma comparação.

Fonte: http://www.crvascodagama.com/

domingo, 25 de janeiro de 2009

Gandulla

Bernardo José Gandulla nasceu no dia 1 de março de 1916 e faleceu, vítima de problemas respiratórios em 7 de julho de 1999, aos 83 anos, em Buenos Aires, Argentina. Os restos mortais de Gandulla estão sepultados no Panteon do Boca Juniors, no cemitério de Chacarita. Sua importância para o futebol argentino é tão grande, que seu nome foi imortalizado no “Trofeo Gandulla”, que é dado ao melhor futebolista de cada ano.
Meia-esquerda argentino Bernardo José Gandulla, que o C.R. Vasco da Gama, contratou do Ferro Carril Oeste, de Buenos Aires, no distante ano de 1939, junto com o ponteiro-esquerdo Emeal. Como não era dono do passe e a legislação esportiva da época não era muito clara sobre transferências internacionais, Gandulla ficou impedido de jogar.
Para não se tornar inútil ao clube, Gandulla queria mostrar serviço e costumava correr em volta do gramado para devolver as bolas que saiam para fora. Esse costumeiro gesto do jogador foi bem recebido pelos torcedores, tanto que após retornar para a Argentina, em 1940, seu nome virou referência para a função de apanhador de bolas.

Mesmo não tendo boa sorte no Vasco da Gama, Bernardo José Gandulla foi destaque na Argentina como jogador e técnico. Sua carreira teve início no Ferro Carril Oeste em 1934. Fez parte de uma famosa linha atacante denominada “La Pandilla”, integrada por Además, Maril, Bornia, Sarlanga y Emeal. Cinco anos depois foi para o Vasco da Gama. Em 1940 transferiu-se para o Boca Juniors, onde teve oportunidade de mostrar todas as suas qualidades técnicas que o consagraram como verdadeiro craque. Era eximio armador de jogadas, além de grande capacidade para marcar gols. Só em 1940, seu primeiro ano no Boca, marcou 18 gols. Foi campeão argentino em 1940 e 1943, pelo clube de La Bombonera (Estádio Alberto J. Armando).

Em 1944, depois de se recuperar de uma grave contusão, Gandulla voltou ao seu clube de origem, o Ferro Carril Oeste, onde jogou por mais dois anos. Mesmo sendo considerado um “fora de série”, Gandulla vestiu a camisa da Seleção Argentina, em uma única oportunidade, em 1940. Em toda a carreira, disputou 249 partidas e anotou 123 gols. Além do Ferro Carril Oeste, Vasco da Gama e Boca Juniors, Gandula defendeu o River Plate, o Auxerre, da Suiça e o manchester City, da Inglaterra.

Gandula, após “pendurar as chuteiras”, se dedicou a treinar as categorias amadoras do Boca Juniors, ganhando o apelido de “Maestro”, pela capacidade de revelar bons valores para o futebol argentino, entre eles Rattin, Ponce e Mouzo. Como técnico de equipes profissionais, dirigiu o Boca Juniors nos anos de 1957 e 1958, e depois nas temporadas de 1967, 1971 e 1972.

Fonte: http://www.nilodiasreporter.blogspot.com/

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Copa Ouro

No dia 21 de junho de 1987, um Vasco recheado de craques conquistava a Copa de Ouro (Los Angeles Gold Cup), torneio amistoso disputado em Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos, após uma vitória por 2 a 1 sobre o Rosário Central, da Argentina.

Relembrar a escalação do Vasco de 1987 pode levar os vascaínos mais nostálgicos às lágrimas. No gol, Acácio, que seria convocado para a Copa do Mundo de 1990; os laterais eram Paulo Roberto e Pedrinho, ambos com passagem pela Seleção Brasileira; Na zaga, Donato, que, mais tarde, naturalizado espanhol, chegaria à seleção nacional daquele país; do meio pra frente, os campeões mundiais Sub-20 Dunga (futuro capitão do Tetra), Geovani e Mauricinho, o craque ex-rubro-negro Tita, o ídolo Roberto Dinamite e um jovem atacante de nome Romário, que deixaria os EUA após a primeira partida para se juntar à Seleção Brasileira. A equipe contava ainda com o futuro campeão mundial Mazinho, que não disputou a Copa de Ouro. O técnico era Joel Santana, que deixou o Vasco logo após a conquista cedendo lugar a Sebastião Lazaroni.

Com esse timaço, o Vasco conquistou a Taça Guanabara e, já classificado para o turno final do Campeonato Estadual, pôde se dedicar a faturar com amistosos sem a obrigação de conquistar a Taça Rio. E foi com essa mentalidade que a delegação vascaína embarcou para os Estados Unidos para participar da Copa de Ouro, um torneio que também contava com a participação de Rosário Central (campeão argentino da temporada 1986/1987), Dundee United (3º colocado no campeonato escocês da temporada 1986/1987), Roma (vice-campeão italiano 1985/1986 e 7º colocado em 1986/1987), Guadalajara (campeão mexicano de 1987) e América do México (que se sagraria campeão mexicano em 1988). Todos os jogos seriam disputados no Estádio Coliseu, em Los Angeles, na Califórnia, palco da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos realizados três anos antes.

A estréia vascaína, em 11 de junho, não poderia ter sido melhor: 5 a 0 contra o América do México, num jogo em que brilharam Dunga e Tita, com dois gols cada um. Geovani completou o placar. Após essa partida, o elenco vascaíno se deu ao luxo de viajar 4 mil quilômetros e enfrentar uma mudança de três horas de fuso horário até Newark, estado de New Jersey, costa leste dos EUA, para, no dia 14 de junho, enfrentar o Benfica, campeão português da temporada 1986/1987, em jogo único, pela Copa TAP (sigla de Transportes Aéreos Portugueses, a empresa promotora da competição). Resultado: Vasco 3 a 0, gols de Vivinho, Mauricinho e Tita.

Com mais um troféu no bolso, a delegação vascaína encarou mais seis horas de vôo de volta a Los Angeles para continuar a disputa da Copa de Ouro. Em 17 de junho, um empate sem gols com o Roma garantiu ao já classificado Vasco a primeira posição no Grupo A. A semifinal contra o Guadalajara, segundo colocado do Grupo B, foi para quem tinha nervos de aço: o Clube da Colina começou perdendo e só empatou aos 44 minutos do segundo tempo graças a um gol do zagueiro Fernando. A vitória nos pênaltis por 4 a 3 garantiu o Vasco na decisão.

A final, marcada para 21 de junho, seria no melhor estilo da velha rivalidade Brasil x Argentina: de um lado, o Vasco; do outro, o Rosário Central. Vivinho pôs o Clube da Colina na frente logo aos 15 minutos de jogo. Na segunda etapa, Escudero empatou para o Rosário Central aos 19 e, um minuto depois, Geovani fez o gol do título vascaíno. A "Copa de Oro" repousa, hoje, na Sala de Troféus de São Januário. (Ver foto abaixo.)

O ano de 1987 entraria para a história do Vasco, entre outros motivos, por ser o de maior número de conquistas do futebol profissional: seis (Taça Guanabara, Taça Cidade de Juiz de Fora, Copa TAP, Copa de Ouro, Campeonato Estadual e Torneio Ramón de Carranza). Esse recorde seria igualado em 1993 mas jamais superado.
Curiosamente, três dos quatro adversários do Vasco rumo ao título da Copa de Ouro cruzariam novamente o caminho cruzmaltino em duas jornadas vitoriosas na virada do século. Na primeira fase da Copa Libertadores 1998, o Vasco enfrentaria o América (1 a 1 no México e no Rio) e o "Chivas" Guadalajara (derrota por 1 a 0 no México e vitória por 2 a 0 no Rio). E, nas quartas-de-final da Copa Mercosul de 2000, o Clube da Colina teria pela frente o Rosário Central (vitória no Rio por 1 a 0, derrota na Argentina pelo mesmo placar e classificação após vencer nos pênaltis por 5 a 4).

Súmulas

VASCO DA GAMA 5 X 0 AMÉRICA-MEX
Competição: Copa de Ouro - 1ª Fase
Data: 11/06/1987 (5ª-feira)
Estádio: Coliseu, em Los Angeles, California (EUA)
Gols: Dunga (VAS) (2' 1ºT), Geovani (VAS) (44' 1ºT), Tita (VAS) (27' 2ºT), Tita (VAS) (29' 2ºT) e Dunga (VAS) (45' 2ºT).
VASCO: Acácio, Paulo Roberto, Morôni, Donato, Pedrinho, Dunga, Geovani, Tita, Mauricinho, Roberto Dinamite e Romário. Técnico: Joel Santana.

VASCO DA GAMA 0 X 0 ROMA-ITA
Competição: Copa de Ouro - 1ª Fase
Data: 17/06/1987 (4ª-feira)
Estádio: Coliseu, em Los Angeles, California (EUA)
Árbitro: José Castro Uchoa (México)
VASCO: Acácio, Paulo Roberto, Morôni, Donato, Pedrinho, Henrique, Geovani, Tita, Mauricinho, Vivinho e Luís Carlos. Técnico: Joel Santana.

VASCO DA GAMA 1 X 1 GUADALAJARA-MEX
Competição: Copa de Ouro - Semifinal
Data: 20/06/1987 (sábado)
Público: 30.000
Estádio: Coliseu, em Los Angeles, California (EUA)
Gols: Raul Cervin (GUA) (35' 1ºT), Fernando (VAS) (44' 2ºT).
VASCO: Acácio, Paulo Roberto, Donato, Morôni (Fernando), Pedrinho, Henrique (Josenilton), Geovani (Luís Carlos), Tita, Mauricinho, Roberto Dinamite e Vivinho. Técnico: Joel Santana.
Pênaltis: Vasco da Gama 4 x 3 Guadalajara.

VASCO DA GAMA 2 X 1 ROSÁRIO CENTRAL-ARG
Competição: Copa de Ouro - Final
Data: 21/06/1987 (domingo)
Estádio: Coliseu, em Los Angeles, California (EUA)
Árbitro: José Castro Uchoa (México)
Gols: Vivinho (VAS) (15' 1ºT), Escudero (ROS) (19' 2ºT), Geovani (VAS) (20' 2ºT).
VASCO: Acácio, Paulo Roberto, Donato, Morôni, Pedrinho, Henrique, Geovani, Tita, Vivinho, Roberto Dinamite e Luís Carlos. Técnico: Joel Santana.

Jardel

Mário Jardel Almeida Ribeiro, ou Mário Jardel mais conhecido em Portugal como o Super Mário é um ponta-de-lança brasileiro, que deixou marca em Portugal e que muito dificilmente irá ser esquecido.
Super Mário nasceu no dia 18 de Setembro de 1973 em Fortaleza , Brasil.
No Brasil jogou em clubes como o Vasco da Gama e no Grémio de Portalegre onde teve como treinador Luiz Felipe Scolari. Scolari ao aperceber-se das qualidades de Mário Jardel, montou um sistema táctico em função do goleador, e no ano de 1995 a equipa do Grémio conquistou a Liga dos Libertadores da América com Jardel a figurar como o melhor marcador da competição com doze golos.
No ano seguinte a equipa gaúcha conquistou o campeonato estadual e venceu a Taça sul-americana.
Pelas selecções jovens do Brasil, Jardel conquistou o campeonato mundial de sub-20 em 1993 na Austrália.
No verão de 1996, Mário Jardel chegou a ser cobiçado pela equipa do Benfica só que a equipa da Luz desinteressou-se uma vez que o valor pedido pelo passe do jogador era muito avultado. O Porto também começou a cobiçar o brasileiro e nesse Verão conseguiu resgatá-lo para Portugal pagando nessa altura apenas 50% do passe avaliado em cerca de 1,5 milhões de contos.

Foi no Porto que Jardel se deu a conhecer não só aos portugueses como também ao resto da Europa. Quem não se lembra do jogo Milão - F.C. Porto, onde Jardel depois de sair do banco da equipa comandada por António Oliveira conseguiu levar o Porto à vitória por 3-2 em pleno estádio de San Siro.
No FC Porto Jardel conseguiu os maiores êxitos desportivos da sua carreira. Foi vencedor da Supertaça Cândido de Oliveira na temporada 1996/97. Tricampeão português em 1996/97, 1997/98, 1998/99 e vencedor da Taça de Portugal em 1997/98 e 1999/00. Foi quatro vezes melhor marcador do Campeonato Nacional fazendo trinta golos em 31 partidas na temporada 1996/97, 26 em 30 partidas em 1997/98, 36 em 32 partidas na temporada 1998/99 e 38 também em 32 partidas na temporada 1999/00. Nas competições europeias marcou quinze golos em 24 partidas nos quatro anos.

Foi bota de prata em 1997, e bota de ouro em 1999, e bota de bronze em 2000.
No verão de 2000 Mário Jardel transferiu-se para o Galatasaray marcando 24 golos em 22 partidas levando o clube turco a ficar em segundo lugar no campeonato. Ganhou também a Supertaça Europeia ao Real Madrid marcando o golo da vitória. Devido a problemas de adaptação Jardel apenas ficou uma época no clube turco.
Jogou no Sporting Clube de Portugal de 2001 a 2003, onde foi Campeão, vencedor da Taça de Portugal e da Supertaça Cândido Oliveira em 2001. Marcou 42 golos em 30 jogos na temporada 2001/02 sendo novamente bota de ouro.
Pelo facto de jogar em Portugal um campeonato não muito reconhecido na Europa alguma imprensa desportiva não lhe reconhecia o devido valor, e por isso ficava a ideia de que Super Mário era um jogador de qualidade um pouco acima da média apesar de marcar inúmeros golos todas as épocas.
No ano seguinte especulou-se muito acerca da transferência de Jardel para um clube dos grandes de Espanha, nunca chegando a se concretizar. Jardel começou a desmotivar-se, perdendo a performance a que tinha habituado os portugueses, começou a ter problemas pessoais e foi-se perdendo em vícios.
Em 2003 transferiu-se para o Bolton Wanderers, de Inglaterra onde jogou sete partidas. Ainda em 2003 foi emprestado ao Ancona da Itália onde jogou apenas quatro partidas não convencendo os técnicos da equipa italiana devido à sua preparação física.
Chegou a ser emprestado ao Palmeiras mas nunca jogou um jogo.

Em Julho de 2004, transferiu-se para o Newell’s Old Boys da Argentina onde jogou três partidas e foi campeão do Torneio Abertura.
Em 2005 foi para o Deportivo Alavés, lider da série B da Espanha, mas não chegou a jogar pois ainda possuía contrato com o Newell´s até 30 de Junho, abandonando o clube espanhol no final de Fevereiro do mesmo ano.
No dia 20 de Agosto de 2005 o Nancy, lanterna do Campeonato Francês com quatro derrotas em quatro jogos, anunciou o interesse na contratação do atacante. Jardel chegou a treinar três dias com o pequeno clube francês mas em 30 de Agosto de 2005 foi anunciada a contratação do ponta-de-lança pelo Ankaraspor, da Turquia. Porém Jardel atrasou-se para viajar a Turquia e a equipa turca não conseguiu inscrever o atacante a tempo.
Em Setembro de 2005 Jardel foi contratado pelo Goiás do Brasil por três meses, contrato esse que poderia ser extendido por mais um ano.
Em de Julho de 2006 Mário Jardel foi apresentado como reforço do Sport Clube Beira-Mar para a época de 2006-2007 da Primeira Liga Portuguesa.
Transferiu-se em Janeiro de 2007 para o clube Anorthosis Famagusta FC do Chipre. O clube cipriota que contratou Jardel terminou a época de 2006/2007 no terceiro lugar do campeonato.
Em Agosto de 2007 assinou pelo Newcastle United Jets, um clube australiano, permanecendo lá apenas 4 meses até ser dispensado pelo fraco rendimento.
O que entristece nesta história é que Mário Jardel se tivesse tido cabeça e bom acompanhamento, por parte daqueles que o acompanhavam poderia figurar na história do futebol mundial como um dos melhores goleadores de sempre. Uma vez que isso não aconteceu apenas em Portugal é que ele será relembrado como o melhor de sempre.


Pelo Vasco da Gama

1992 - 2 jogos e 1 gol
1993 - 23 jogos e 9 gols
1994 - 37 jogos e 12 gols
Total - 62 jogos e 22 gols

Primeiro jogo de Jardel

Vasco Da Gama 0 x 0 Americano De Campos (RJ)
Data: 01/11/1992
Campeonato Estadual
Local : Estádio De São Januário (Rio De Janeiro - RJ)
Arbitro : Carlos Elias Pimentel
Público : 5.768
Vasco da Gama: Carlos Germano, Luís Carlos Winck, Jorge Luís, Alexandre Torres, Cássio, Luisinho, Leandro (Eduardo), Bismarck, Carlos Alberto Dias, Edmundo e Valdir (Jardel) Técnico : Joel Santana

Americano De Campos: Joélson, Ronald, Vanderci, Nabor, Eraldo, Vianna, Vander Luís, Pelica, Cuia, Luisinho (Didi) e Denílson (Ziza) Técnico :

Primeiro gol de Jardel:

Vasco Da Gama 1 x 0 Olaria (RJ)
Data: 08/11/1992
Campeonato Estadual
Local : Estádio Da Rua Bariri (Rio De Janeiro - RJ)
Arbitro : Daniel Pomeroy
Público : 6.400
Gols : Jardel (Vasco 38/2ºT)

Vasco da Gama: Carlos Germano, Luís Carlos Winck, Jorge Luís, Alexandre Torres, Cássio, Luisinho, Leandro, Bismarck, William (Tinho), Valdir (Jardel) e Edmundo Técnico : Joel Santana

Olaria: Vágner, Vanderlei, Deninho, Advaldo, Renan (Samarone), Israel, Neto (Fabiano), Rubens, Fábio, Alcino e Igor Técnico :


Fontes:
www.supervasco.com
http://www.craquesdefutebol.com

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Juninho Paulista

Extremamente habilidoso, rápido e objetivo, Juninho, o Osvaldo Giroldo Júnior, foi um dos jogadores mais talentosos produzidos pelo futebol brasileiro no começo dos anos 90. Chegou até a ser comparado ao craque Zico. Brilhou com as camisas do São Paulo e Vasco, principalmente. E de quebra fez parte da seleção brasileira pentacampeã mundial em 2002.

Hoje, o pequeno e simpático Juninho (tem 1m67 de altura), pai de três filhos, em boa situação financeira, Juninho está "aposentado". Ele mora em uma mansão em Alphaville, bairro nobre de Barueri e Santana do Paranaíba, cidades da Grande São Paulo. Ele é dono de comércios, entre eles uma pizzaria no bairro da Mooca. Mas não pretende abandonar totalmente o futebol. Tem objetivo de ser empresário no esporte.

Nascido no dia 22 de fevereiro de 1973, em São Paulo (SP), Juninho viveu sua primeira experiência como profissional vestindo a camisa do Ituano. Destacou-se lá. E, em pouco tempo, transferiu-se para o São Paulo Futebol Clube, com o aval do então técnico tricolor Telê Santana.

Por várias vezes, Juninho foi considerado o 12º jogador do time são-paulino. Era um reserva que entrava e incendiava a partida. Foi assim, inclusive, na final do Mundial de Clubes de 1993, quando Juninho participou da vitória do São Paulo sobre o Milan, 3 a 2.

Juninho defendeu o time do Morumbi entre 1993 e 1995. Uma proposta milionária do até então pouco conhecido Middlesbrough fez o meia-armador trocar de país. Juninho foi para a equipe inglesa. Jogou lá, e bem, até 1997, quando teve seu passe negociado com o Atlético de Madrid.

Contusão

Juninho tinha tudo para jogar a sua primeira Copa do Mundo em 1998. Era um atleta que agradava muito ao técnico Zagallo. Vivia bom momento na carreira. Mas uma fratura na perna, após sofrer entrada criminosa de Michel Salgado, impediu sua ida ao Mundial da França. Juninho ficou muitos meses de molho no departamento médico do Atlético de Madrid.

Volta por cima

Juninho permaneceu no clube espanhol até 1999. Chegou a vestir ainda, mais uma vez, a camisa do Middlesbrough. Em 2000, ele retornou ao futebol brasileiro. Quem o contratou foi o Vasco da Gama, que já tinha um grande time.

Juninho vira Juninho Paulista

E foi em São Januário, por causa de outro Juninho (o Juninho Pernambucano), que Juninho ganhou também o apelido de Juninho Paulista. E os dois, como armadores da equipe cruz-maltina, foram importantes para a conquista da Copa João Havelange de 2000. E no ataque, o Vasco tinha ainda o baixinho Romário.

Times após a Colina

Depois do Vasco, Juninho defendeu ainda o Flamengo (2001 até 2002), outra vez o Middlesbrough (entre 2002 e 2004), Celtic (2004 até 2005), Palmeiras (2005 até 2006), Flamengo mais uma vez (2006 até 2007) e Sidney (2007).

Números

Pela seleção brasileira, Juninho Paulista disputou 68 partidas e marcou 11 gols. Pelo São Paulo, segundo "Almanaque do São Paulo", de Alexandre da Costa, o meia jogou 135 vezes (72 vitórias, 38 empates e 25 derrotas) e marcou 22 gols.

Mundial de 2002

Mesmo sem viver um grande momento com a camisa do Flamengo, em 2002, Juninho Paulista foi chamado por Felipão para defender a seleção brasileira na Copa do Mundo da Coréia e do Japão. Não foi titular. Mas fez parte da equipe pentacampeã mundial.

Outros títulos

Outros títulos que merecem ser destacados na carreira de Juninho Paulista são: Mundial de Clubes (1993), Libertadores (1993), Copa JH (2000), Mercosul (2000), Campeonato Carioca (2007), Copa da Liga Inglesa (2004), medalha de bronze em Atlanta (1996).

por Rogério Micheletti
Fonte: http://www.miltonneves.com.br/
Crédito da foto: www.netvasco.com.br

Ipojucan


Ipojucan, um artista da bola! Jogador clássico se consagrou no Vasco da Gama

Alto, esguio e magro. E um craque acima da média. Assim era Ipojucan Lins Araújo, um verdadeiro conhecedor dos meandros de uma bola. Seus malabarismos com a canhota encantavam os admiradores do futebol bem jogado, intuído, cheio de improvisos e toques de genialidade.

Nascido em Maceió, Alagoas, no dia 3 de junho de 1926, logo cedo ele veio para o Rio de Janeiro e não demorou para ser descoberto pelos olheiros espalhados nas esquinas suburbanas.

Foi no bairro da Piedade que ele chamou a atenção de um dirigente do Ríver, que o convidou para jogar por lá. Mas ele não ficou muito tempo na equipe e logo se transferiu para o Canto do Rio. Seu destino, no entanto, tinha um endereço: o Vasco da Gama, onde se consagrou como o quarto maior artilheiro da equipe cruzmaltina, com 225 gols em 413 jogos, entre 1944 e 1954.

Muitos diziam que ele sumia durante alguns jogos. Na final do campeonato estadual de 1950, isso literalmente aconteceu e ele levou uma dura do treinador vascaíno, o falecido Flávio Costa. Em uma entrevista à Folha de S.Paulo em 1995, o ex-treinador, então com 88 anos, lembrou-se com detalhes daquele episódio que marcou a carreira do jogador.

"O Ipojucan, do nosso time, era um artista com a bola. Driblou a defesa toda do América e apenas levantou a bola para a mão do goleiro. Quis colocar e pegou mal. O Ipojucan colocou a mão na cabeça, atordoado. Estava 1 a 1 no intervalo. Saí gritando, incentivando na volta ao campo. Em meu vestiário nunca rezei Pai nosso", contou.

Em seguida, o treinador comentou sobre a indisposição de Ipojucan. "Nunca fiz promessa. Os jogadores, então, voltaram ao campo. Eu fiquei para tomar um cafezinho. Na boca do túnel do Maracanã, vi que o Ipojucan não queria voltar".

Experiente, Costa soube o que fazer. ?Mandei o Augusto, capitão do time, avisar o juiz que o Ipojucan voltaria depois. Naquele tempo se proibia substituição. Pensei que o Ipojucan quisesse vomitar, coisa assim. Mas vi que ele estava deitado no chão do vestiário. E eu, disputando o campeonato. O que o técnico poderia fazer? Dei duas bolachas nele. "O seu filho de uma...", contou.

E Ipojucan voltou na marra. "Saí atrás e ele correu pelo corredor. O corredor vai dar no campo. O Ipojucan entrou no campo. Depois, por todo o segundo tempo, ele ficou me olhando. Ipojucan deu o passe para o Ademir fazer o gol e ganhamos o campeonato", concluiu.

Consagrando Vavá - Também o craque Vavá, ex-centroavante do Vasco e bicampeão mundial com a seleção brasileira em 1958 e 62, levou consigo boas recordações do companheiro, que, com seus toques leves, curtos e sutis, sempre ajudava na consagração dos craques de ataque.

Vavá, falecido em 2001, nunca se esqueceu de que foi Ipojucan quem o ajudou a se firmar no time em 1953, quando vinha das categorias de base. Na ocasião, o Vasco venceu o Bangu por 4 a 1, com um dos gols de Vavá.

"Eu era juvenil, fã daqueles jogadores. Jogar com eles foi muito importante na minha vida, para minha carreira. No gol da vitória, Ipojucan deu um passe daqueles que só ele sabia dar e me deixou na cara do gol. Mal chegou ao pé dele, a bola já estava à minha frente. Chutei no embalo e marquei. Foi um jogo duro, o Bangu tinha um bom time e valorizou ainda mais nossa vitória", recordou-se Vavá.

Depois de conquistar cinco títulos cariocas pelo Vasco, transferiu-se para a Portuguesa de Desportos, além de vestir em oito ocasiões a camisa da seleção brasileira. Gostava da noite, e isso ajudou a encurtar sua carreira de puro talento.

Ipojucan morreu em São Paulo, tuberculoso, em 19 de junho de 1978. O Brasil disputava a Copa do Mundo da Argentina e sua morte passou despercebida, enquanto o técnico Cláudio Coutinho quebrava a cabeça em busca de alternativas táticas e teóricas para colocar um time decente em campo.

Cheio de improvisações, o Brasil perdeu um pouco de sua identidade. E Ipojucan, enquanto o Brasil se enrolava na Copa, morria esquecido. Justamente ele, exemplo maior de que um simples toquinho de gênio, daqueles que, como disse Vavá, "só ele sabia dar", poderia resolver o problema do complicado time brasileiro.

Fonte: http://www.supervasco.com/

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Jair Rosa Pinto

Jair da Rosa Pinto

Ele era o craque de Barra Mansa e trabalhava no Frigorífico, enquanto seu irmão, Orlando, era o titular da ponta esquerda Vasco da Gama. E bastava isso para Jair não sair de São Januário. Gostava de ficar ao lado daqueles ídolos e sonhar em jogar ao lado deles, algum dia. O problema é que Jair tinha 15 anos e pesava 50 quilos. E ele foi ficando em casa até que veio a oportunidade para jogar no Madureira. Disputou o campeonato carioca de 1938 e surgiu, juntamente com Lélé e Isaias, as grandes figuras do Madureira. Antes, foi campeão do torneio inicio, disputando a final com o Flamengo. Era sua primeira e grande emoção no futebol. Jair teve uma carreira de profissional muita longa. Jogou 17 anos. Começou em 1938 no Madureira e jogou sua ultima partida, no maracanã, atuando pelo São Paulo contra o Flamengo em 1962. Estava com 42 anos de idade.

Depois do grande sucesso do trio do Madureira - Lélé Isaias e Jair – o Vasco da Gama terminou contratando os três. Ficou quatro anos em São Januário. E foi jogando pelo Vasco que vestiu também a camisa da seleção carioca e brasileira. Em 1947 se transferiu para o Flamengo. Até 1949 tudo ia muito bem. Num jogo contra o Vasco da Gama em São Januário, o Flamengo perdeu de 5x2 e certos diretores o culparam pela derrota. Queimaram sua camisa nos vestiários e Jair foi para o Palmeiras. Jogando pelo clube paulista disputou a Copa do Mundo de 1950. Em 1956 foi para o Santos e formou em um dos maiores ataques da história do clube da Vila Belmiro: Dorval. Jair. Pagão. Pelé e Pepe. Em 1962 saiu para o São Paulo onde encerrou sua carreira como jogador profissional. Iniciou sua curta carreira como treinador no próprio São Paulo. Depois treinou Juventus, Ponte Preta, Vitória, Olaria, Santos, Madureira, Palmeiras e Guarani. Em todos não passou de seis meses. Como não dava certo, encerrou também sua carreira como técnico.

Apesar da imprensa sempre chamar “Jájá de Barra Mansa”, Jair é da cidade de Quatis e nasceu no dia 21 de março de 1921. Foi campeão carioca pelo Vasco em 1945. Paulista pelo Palmeiras em 1950 e também campeão da I Copa Rio. Foi campeão paulista pelo Santos em 1956. Vestiu a camisa da seleção brasileira pela primeira vez em 1940 perdendo para a Argentina por 6x1. Jair fez o gol brasileiro. Foi campeão sul-americano em 1949. Vice campeão do mundo em 1950. Nos anos quarenta formou no melhor ataque da seleção brasileira de todos os tempos: Tesourinha. Zizinho. Heleno. Jair e Ademir. Jair com suas pernas finas jogava um futebol de alto gabarito. Tinha uma verdadeira bomba na perna esquerda. Era o melhor cobrador de faltas na sua época. Chute forte e com efeito. No meio campo procurava sempre aproxima e reduzir os espaços em campo para evitar o desgaste com corridas desnecessária.

Fonte: http://www.museudosesportes.com.br/

Romário


Romário

Romário de Souza Faria nasceu no Rio de Janeiro em 1966. Apesar de ter sido criado até os 3 anos na comunidade do Jacarezinho (uma favela do Rio), ele teve a sua vida, até despontar para o futebol, na Vila da Penha, região do suburbio do Rio de Janeiro. Lá jogou no time de futebol do Estrelinha, fundado por seu pai, o que era uma maneira de incentivá-lo a prática dos esportes. Com pouco tempo já era destaque entre os garotos, e já jogava entre os mais velhos.

Em 1979, um olheiro o levou para fazer testes no infantil do Olaria. Destaque entre os jogadores da equipe, foi levado depois ao Vasco, mas foi obrigado a fazer um “estágio” de um ano, pois o jogador não tinha condições legais de ingressar no clube devido a idade. Romário iniciou sua carreira profissional em 1985 jogando pelo Vasco, que foi o clube que promoveu suas maiores alegrias e onde o jogador encerrou a sua carreira. Ele teve passagens por vários clubes mundiais, e por onde passou deixou a sua marca pessoal, sendo o PSV o clube europeu que ele ficou mais tempo.

Teve muitas convocações para a seleção brasileira, porém a copa de 94 foi a mais importante da sua carreia. Em 93, Romário foi chamado as pressas para salvar o Brasil, nas eliminatórioas, onde marcou dois gols e realmente salvou a seleção. Além de participar ativamente da conquista do título mundial, o quarto brasileiro, foi eleito o melhor jogador da copa de 94.

Ao fazer o milésimo gol, pelo Vasco e em São Januário, o baixinho foi homenageado pelo clube que colocou uma estátua em sua sede. Nada mais justo para um atleta como Romário, que fez a diferença na história do clube.

Sempre conhecido por não gostar de treinar e adorar as noitadas, romário teve em vários escândalos pessoais que repercutiram muito em sua carreira. Sendo que o último que manchou sua carreira, foi um caso de dopping por uso de substância proibida, que segundo o próprio Romário foi por uso de uma medicação para evitar a queda de cabelos.

Mas com certeza a frase que mas marcou o Baixinho e sempre será a sua marca é “Deus apontou o dedo em minha direção e disse: Esse é o cara.” (em partes ele tinha razão porque habilidade não faltava).

Fonte: http://www.thebest.blog.br/

Elencos Vascaínos

Confira como eram os elencos vascaínos nas disputas dos últimos quinze Cariocas
A lista conta apenas com os atletas que efetivamente disputaram uma partida do Estadual pelo Vasco desde 1994

Por André Schmidt

1994 - 1ª Colocação

Goleiros - Carlos Germano
Laterais - Pimentel e Cláudio Gomes; Cássio e Ronald
Zagueiros - Alexandre Torres, Ricardo Rocha, Jorge Luís, Tinho, Alex Pinho e Sídney
Volantes - Leandro Ávila, Luisinho e França
Apoiadores - Yan, William e Vítor
Atacantes - Valdir, Dener, Hernande, Gian e Jardel
Técnico - Jair Pereira

1995 - 4ª colocação

Goleiros - Carlos Germano e Caetano
Laterais - Pimentel, Bruno Carvalho e Cláudio Gomes; Cássio e Bill
Zagueiros - Paulão, Ricardo Rocha,Tinho e Sídney
Volantes - Leandro Ávila, Luisinho, França, Frazão e Émerson
Apoiadores - Yan, Richardson, Preto Casagrande e Vianna
Atacantes - Valdir, Clóvis, Hernande, Gian e Brener
Treinadores - Nelsinho Rosa e Abel Braga (chegou no meio)

1996 - 2ª Colocação

Goleiros - Carlos Germano
Laterais - Pimentel e Bruno Carvalho; Zinho, Ronaldo e Bill
Zagueiros - Sídney, Tinho, Zé Carlos, Rogério e Alex Pinho
Volantes - Leandro Ávila, Luisinho e Nélson
Apoiadores - Válber, Juninho Pernambucano e Assis
Atacantes - Nílson, Serginho, Alessandro, Brener e Dioney
Técnico - Carlos ALberto Silva

1997 - 2ª Colocação

Goleiros - Carlos Germano e Caetano
Laterais - Pimentel e Alessandro; Cássio e Felipe
Zagueiros - Tinho, Moisés, Alex Pinho, João Luís e Géder
Volantes - Luisinho, Ney Santos, Cristiano, Fabrício Eduardo, Nélson e Fabrício Carvalho
Apoiadores - Juninho, Ramon, Pedrinho e Marquinhos
Atacantes - Mauricinho, Edmundo, Celso, Gian, Vítor, Almir, George, Brener e Luís Cláudio
Técnico - Antônio Lopes

1998 - 1ª Colocação

Goleiros - Carlos Germano e Márcio
Laterais - Vítor e Maricá; Felipe e Ronaldo Luís
Zagueiros - Odvan, Mauro Galvão, Alex Pinho e Géder
Volantes - Luisinho, Nasa, Fabrício Eduardo, Nélson e Válber
Apoiadores - Juninho, Ramon, Pedrinho, Richardson, Dias e Vágner
Atacantes - Mauricinho, Donizete, Luizão, Sorato, Brener e Luís Cláudio
Técnico - Antônio Lopes

1999 - 2ª Colocação

Goleiros - Carlos Germano e Márcio
Laterais - Zé Maria e Maricá; Felipe
Zagueiros - Odvan, Mauro Galvão, Alex Pinho, Henrique e Géder
Volantes - Nasa, Fabrício Eduardo, Paulo Miranda e Hélder
Apoiadores - Juninho, Ramon, Chiquinho, Alex Oliveira e Vágner
Atacantes - Mauricinho, Donizete, Luizão, Luís Cláudio, Zezinho, Guilherme, Cristiano e Edmundo
Técnico - Antônio Lopes

2000 - 2ª Colocação

Goleiros - Hélton
Laterais - Jorginho, Filipe Alvim e Maricá; Felipe e Gilberto
Zagueiros - Odvan, Mauro Galvão, Henrique, Jr. Baiano e Alexandre Torres
Volantes - Nasa, Paulo Miranda, Válber, Amaral e Fabiano Eller
Apoiadores - Juninho, Alex Oliveira e Pedrinho
Atacantes - Romário, Edmundo, Viola, Rogério e Dedé
Técnico - Abel Braga, Alcir Portela e Tita

2001 - 2ª Colocação

Goleiros - Hélton e Fábio
Laterais - Clébson, Leandro Silva e Maricá; Jorginho Paulista e André Silva
Zagueiros - Odvan, Henrique, Alexandre Torres e Géder
Volantes - Nasa, Paulo Miranda, Fabiano Eller, Jorginho e Fabrício Carvalho
Apoiadores - Pedrinho, Alex Oliveira, Juninho Paulista, Léo Lima, Siston e Zada
Atacantes - Romário, Euller, Viola, Dedé e Ely Thadeu
Técnico - Joel Santana

2002 - 5ª Colocação

Goleiros - Hélton, Fábio e Márcio
Laterais - Léo Moura, André Ladaga, Bruno Leite e Claudemir; Jorginho Paulista, André Silva, Edinho, Jaílson e Barbirato
Zagueiros - André Leone,Leonardo Valença,João Carlos,Géder,Fabão,Gomes, Wagner e Wescley
Volantes - Haroldo, Rodrigo Souto, João Paulo, Amaral II, Bóvio, Gleison e Jamir
Apoiadores - Léo Lima,Alex Oliveira,Ramón,Siston,Michel,Geovani,Felipe,Marlon e Morais
Atacantes - Romário, Euller, Léo Macaé, Anderson, Ely Thadeu, Cadu e Souza
Técnico - Evaristo de Macedo

2003 - 1ª Colocação

Goleiro - Fábio
Laterais - Russo, Wellington Monteiro e Claudemir; Edinho
Zagueiros - Wellington Paulo, Rogério Pinheiro, Alex e Rogério Corrêa
Volantes - Rodrigo Souto, Henrique e Bruno Lazaroni
Apoiadores - Petkovic, Marcelinho Carioca, Danilo, Siston e Léo Lima
Atacantes - Valdir, Marques, Souza, Cadu, Ânderson, Ely Thadeu e Carlinhos
Técnico - Antônio Lopes

2004 - 2ª Colocação

Goleiros - Fábio
Laterais - Alex Silva e Claudemir; Victor Boletta e Marcos Paulo
Zagueiros - Fabiano, Santiago, Wescley e Henrique
Volantes - Yrgo, Beto, Júnior, Rodsrigo Souto e Coutinho
Apoiadores - Morais, Marcelinho Carioca e Róbson Luís
Atacantes - Valdir, Alex Alves, Cadu, Ânderson, Donizete e Léo Macaé
Técnico - Geninho

2005 - 4ª Colocação

Goleiros - Éverton, Cássio e Fabiano Borges
Laterais - Thiago Maciel e Claudemir; Diego, Ricardinho e Jean
Zagueiros - Fabiano, Marcos, Daniel e Adriano
Volantes - Gomes, Coutinho, Ygor, Júnior e Silva
Apoiadores - Allan Delon, Róbson Luís, Rafael, Dominguez Leozinho e Rubens
Atacantes - Alex Dias, Romário, Marco Brito e Reinaldo
Técnico - Joel Santana

2006 - 4ª Colocação

Goleiros - Roberto e Cássio
Laterais - Wagner Diniz e Claudemir; Diego
Zagueiros - Fábio Brás, Jorge Luís, Éder e Bebeto
Volantes - Ygor, Andrade, Ives, Osmar e Alberone
Apoiadores - Morais, Ramón, Abedi, Rafael, Fábio Baiano e Ernane
Atacantes - Romário,Alex Dias,Valdiram,Edílson,Bruno Meneghel,Ricardinho,William e Alan
Técnico - Renato Gaúcho

2007 - 4ª Colocação

Goleiros - Roberto e Cássio
Laterais - Wagner Diniz,Thiago Maciel e Eduardo; Diego, Sandro, Guilherme e Rubens Jr.
Zagueiros - Fábio Brás, Jorge Luís, Dudar e Júlio Santos
Volantes - Ygor, Ives, Roberto Lopes, Amaral e Coutinho
Apoiadores - Morais, Conca, Renato, Madson, Marcelinho, Abedi e Ernane
Atacantes - Romário,André Dias,Valdiram, Leandro Amaral e Allan Kardec
Técnico - Renato Gaúcho

2008 - 4ª Colocação

Goleiros - Roberto e Tiago
Laterais - Wagner Diniz e Marcus Vinícius; Calisto, Carlinhos, Edu e Pablo
Zagueiros - Jorge Luís, Eduardo Luís, Vilson e Luisão
Volantes - Jonílson,Beto,Xavier,Amaral,Andrade,Rodrigo Antônio,Matheus,Thiaguinho e Souza
Apoiadores - Morais,Leandro Bomfim,Alex Teixeira,Rafael,Marquinhos,Bruno Gallo e Ernane
Atacantes - Edmundo, Jean, Allan Kardec, Abuda e Vilanueva
Técnico - Alfredo Sampaio/Romário e Antônio Lopes

Fonte: www.supervasco.com

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Melhor Vasco de todos os tempos


Em pé:Ricardo Rocha, Augusto, Orlando, Eli, Jorge, Barbosa
Agachados: Romário, Danilo Alvim, Ipojucân, Roberto Dinamite, Ademir Menezes
Fonte : Revista Placar
Eis a Seleção Vascaína de todos os tempos, escolhida por torcedores ilustres a pedido de Placar em 1994.
Em Dezembro passado, a Revista Placar lançou uma Edição especial intitulada Meu time dos sonhos em que 20 personalidades escolhia seu time.
Eis o time dos sonhos do vascaínos.
Barbosa; Augusto, Bellini, Ely e Mazinho; Danilo, Edmundo e Juninho Pernambucano; Ademir, Roberto Dinamite e Romário. Técnico: Flávio Costa

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

São Januário


Estádio São Januário
São Januário é como é conhecido o estádio do Club de Regatas Vasco da Gama, inaugurado em 21 de Abril de 1927. Seu nome oficial é Estádio Vasco da Gama. Ficou conhecido como São Januário por ter parte dele na rua São Januário. É o maior estádio privado do Rio de Janeiro.
Nos primeiros anos do futebol no clube, o Vasco usou como estádio o campo do Andaraí, que depois se tornou campo do América, que numa permuta cedeu o terreno para construção do Shopping Iguatemi. Desde a ida para a primeira divisão, em 1923, a diretoria vascaína já traçava planos para a construção de um estádio próprio. Contudo, a idéia só foi levada mesmo a cabo após a criação da AMEA.
Um dos motivos argumentados para a não inclusão do Vasco na nova liga era a falta de um estádio próprio. Por este motivo, foi-se então dado o pontapé para a construção de São Januário. Começava ali uma campanha intensa de arrecadação de verbas.
Em pouco tempo foram arrecadados 685 contos e 895 mil-réis, o suficiente para a compra de uma grande área em São Cristóvão, de 65.445m². Feito isso, foram arrecados mais dois mil contos de réis, que puderam construir o estádio. Dinheiro arrecadado dos próprios vascaínos.
Dez meses depois, o Estádio era inaugurado, com a presença de Washington Luís. Até 1940, quando da inauguração do Pacaembu, o estádio era o maior do Brasil, e até 1950, na inauguração do Maracanã, era o maior do Rio de Janeiro.
No jogo inaugural, uma partida contra o Santos, potência paulista da época. O gol inaugural do estádio foi feito pelo santista Evangelhista, aos 14 minutos do primeiro tempo. O primeiro gol vascaíno foi marcado pelo jogador Galego.
Em março de 1928 foram inaugurados os refletores e a arquibancada atrás de um dos gols. O jogo foi contra o time uruguaio Wanderers. O Vasco venceu por 1 a 0, com um gol do ponta-esquerda Santana, em um chute direto do escanteio. Nesse momento que surgiu o gol olímpico, que recebeu esse nome em alusão ao fato de os uruguaios serem os caméões olímpicos da época
Também neste estádio foram jogados as finais da Libertadores de 1998 e da Copa do Brasil de 2005. Sendo palco inclusive da Copa do Mundo de 1950.
O Vasco da Gama manda seus jogos no Estádio São Januário. O clube utiliza o Maracanã raramente, geralmente só nos clássicos contra seus três rivais da cidade.
No dia 20 de Maio 2007, o atacante Romário marcou o seu milésimo gol, na partida entre Vasco da Gama e Sport Recife.
O maior artilheiro de São Januário é Roberto Dinamite, também maior artilheiro vascaíno, com 184 gols gols marcados no estádio.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Dener

No dia 10 de Abril de 1994,num Domingo, Vasco da Gama e Botafogo se enfrentaram pelo Campeonato Carioca no Estádio do Maracanã e os vascaínos saíram vencedores pelo escore de 1 tento a 0 gol do meia Willians.
Nesse ano O C.R. Vasco da Gama sagrou-se Tri-campeão Estadual

O Jogo

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 0 BOTAFOGO (RJ)
Data : 10/04/1994
Campeonato Estadual
Local : Estádio Do Maracanã / Rio De Janeiro
Arbitro : Léo Feldman
Público: 35.903
Expulsão: Ricardo Rocha (Vasco)
Gols: William 09/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Alexandre Torres, Ricardo Rocha, Cássio, Leandro, Luisinho (França), Yan (Jorge Luís), William, Valdir e Dener / Técnico : Jair Pereira
BOTAFOGO: Wagner, Eliomar, Wilson Gottardo, André, Eduardo, Márcio, Roberto Cavalo (Bob), Grizzo (Marcelo), Sérgio Manoel, Robson e Túlio / Técnico : Dé

O Craque: Dener
Um dos mais talentosos jogadores que o Brasil produziu no começo dos anos 90, Dener Augusto de Souza, o Dener, não teve tempo de se consagrar como um grande craque no futebol nacional e mundial.
Ele morreu em acidente de carro no dia 19 de abril de 1994, no Rio de Janeiro (RJ). Dener estava no banco de passageiro de seu carro, o Mitsubshi Eclipse, placas DNR-0010 - São Paulo (SP). Na época, Dener defendia o Vasco da Gama.
Nascido no dia 2 de abril de 1971, em São Paulo (SP), Dener foi criado no bairro da Vila Ede, zona norte da capital paulista, e começou a carreira nas categorias de base da Portuguesa de Desportos.
Meia-atacante habilidoso, dono de arrancadas rápidas e objetivas, Dener explodiu no cenário futebolístico brasileiro em 1991, quando a Portuguesa conquistou o título da Taça São Paulo de Futebol Juniores.
Ele era a estrela principal do time comandado pelo técnico Écio
Crédito:http://www.netvasco.com.br/clangoroso/index

Pasca e que tinha ainda Josias, Juarez, Cléber Brasília, Romã, Baiano, Roque, Tininho, Tico, Sinval, Pereira, entre outros. A Lusa derrotou o Grêmio, do goleiro Danrlei, na final da competição.
Em 1993, ele foi emprestado por três meses para o Grêmio. Apesar do pouco tempo no Rio Grande do Sul, o meia ganhou a torcida do Tricolor gaúcho e fez parte do time gremista que levantou a taça no campeonato estadual.
Dener voltou ao Canindé, já que os dirigentes lusos sempre criavam obstáculos para negociá-lo em definitivo. No ano seguinte, o meia foi muito cobiçado por grandes equipes de São Paulo, principalmente o Corinthians. Mas os cartolas rubro-verdes veteram a negociação para o time alvinegro.
"O Dener era são-paulino de infância, mas estava entusiasmado com a possibilidade de defender o Corinthians. Ele dizia que não via hora de entrar no Parque São Jorge com o "Passáro Branco". Era assim que ele chamava o carro dele", conta a viúva do craque, Luciana, mãe de dois filhos de Dener.
Como temia negociar seu melhor jogador para o arqui-rival, a Portuguesa optou por emprestá-lo novamente para um time grande de outro estado. Foi aí que apareceu o Vasco da Gama na vida do habilidoso meia-atacante.
Pelo time de São Januário, Dener não fez muitas partidas, mas mesmo assim entrou na galeria dos grandes jogadores da história do clube cruz-maltino. Ele morreu antes que o Campeonato Carioca de 94 terminasse. O Vasco foi o campeão. "Ficamos felizes pelo título, mas a morte do Dener foi algo trágico. Ele era um excelente jogador. Ele era considerado problemático, mas nunca tive qualquer tipo de dor de cabeça com ele", conta o técnico Jair Pereira, o último comandante de Dener.
Dener chegou a ter chance na seleção brasileira. Fez onze partidas com a camisa canarinho e para muitos mereceria ser convocado para a Copa do Mundo de 94, mas morreu antes. "Eu procurei me espelhar no Dener. Pena que ele morreu muito jovem. Era um craque", revela o atacante Robinho.
Para o ex-meia Vágner Mancini, que hoje é técnico, Dener tinha tudo para se tornar um dos maiores jogadores do futebol mundial. "Ele tinha muitas qualidades e ainda tinha muito a mostrar. Com certeza, ele ganharia experiência e seria ainda melhor do que foi", comenta o técnico, que não ficou em cima do muro quando foi perguntado quem escolheria entre Dener e Robinho.
"Sem dúvida, o Robinho é um ótimo jogador. Mas escolheria o Dener. Acho que ele seria um dos melhores jogadores do mundo. Faltou apenas um pouco mais de tempo para que ele provasse
isso", comenta Mancini.

Fonte: http://ibituruna.blogspot.com/

Carreira
Clubes 1989-1993: Portuguesa-SP
1993: Grêmio-RS
1994-18/04/1994: Vasco Gama-RJ

Títulos por equipe
Campeonato Gaúcho/ 1993
Campeonato Carioca/ 1994

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Orlando Lelé


Crédito: http://www.netvasco.org/mauroprais/vasco/fotos5.html

Orlando Lelé morreu no dia 4 de setembro de 1999, vítima de embolia pulmonar. A rigor, pode-se dizer que foi duramente castigado nos últimos meses de vida. Imaginem alguém agitado como Orlando perder os movimentos do corpo do pescoço para baixo? Ele ficou tetraplégico após uma queda doméstica. Estava no banho quando sentiu tontura e, ao cair, bateu a cabeça no chão.

Orlando foi natural de Santos, onde iniciou a carreira no futebol. No Peixe, em 1972, jogou num time que tinha, entre outros, Pelé, Clodoaldo, Oberdan e o goleiro argentino Cejas. Um ano depois jogou num timaço montado pelo treinador Élbua de Pádua Lima, o Tim (já falecido), no Coritiba. O goleiro era o crioulo Jairo. Oberdan se destacava na quarta-zaga. O meio-de-campo contava com o capitão Hidalgo e Negreiro (ex-Santos), coadjuvados pelo aplicado ponteiro-esquerdo Aladim, que ajudava na marcação.

CORITIBA

O ataque vivia dos gols da dupla Leocádio e Tião Abatiá, principalmente em jogos disputados no Estádio Belfort Duarte, que posteriormente passou a ser chamado de Couto Pereira. Que belo time tinha o Coritiba! Na época, Orlando levava a campo a costumeira raça e ganhava a maioria dos duelos com ponteiros. Como não era jogador técnico, simplificava no passe e treinava exaustivamente os cruzamentos. Assim, quando se transferiu para o Vasco, o goleador Roberto Dinamite pode “degustar” as bolas “açucaradas” vindas do lado direito do campo para fazer muitos gols.

SELEÇÃO

Foi no Vasco a melhor fase da carreira de Orlando Lelé, resultando na convocação à Seleção Brasileira. Em 1975, num jogo contra o Uruguai, participou de uma pancadaria e aplicou uma gravata no pescoço de um adversário. Orlando era explosivo e encrenqueiro, mas amigo leal dos companheiros. Em 1977 também participou do chamado “esquadrão” vascaíno, que sofreu apenas uma derrota no Campeonato Carioca, em 25 jogos. A defesa justificou o batismo de “barreira do inferno” porque impediu que o time sofresse um gol sequer em 18 partidas. Eis a equipe da época, treinada por Orlando Fantoni (já falecido): Mazaroppi; Orlando Lelé, Abel, Geraldo e Marco Antonio; Zé Mário, Zanata e Dirceu; Wilsi-nho, Roberto Dinamite e Ramom.

UDINESE

Orlando teve passagem sem brilho pelo futebol italiano, na Udinese, e posteriormente despediu-se do futebol de forma discreta. Voltou ao noticiário como treinador campeão goiano pelo Goiatuba em 1992, ocasião em que levou o time ao título com uma rodada de antecedência ao ganhar as seis partidas disputadas na fase final.

Também havia aberto mercado no Distrito Federal, após bem sucedida passagem pelo Gama. Assim, tentava furar o forte bloqueio para ingressar no seleto grupo de treinadores, mas uma queda durante um banho alterou radicalmente a sua vida.

Restou de Orlando a lição de quem vivia intensamente o futebol, de quem era persistente e procurava diuturnamente se aprimorar.

Texto de Ariovaldo Izac

Jornalista em Campinas e colaborador do HP

Dudu

1983
De pé: Galvão, Orlando Fumaça, Celso, Serginho, Pedrinho e Acácio.
Agachados: Dudu, Pedrinho Gaúcho, Elói, Roberto Dinamite e Almir

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Dudu

Carlos Eduardo Alberigi, o Dudu, nasceu no Rio de Janeiro no dia 02 de julho de 1960.
Foi campeão carioca de 1982
Pelo Belenenses, Carlos Eduardo Alberiz, o Dudu (popularmente conhecido no Brasil como o Dudu Dentão), foi Campeão Nacional da II divisão e Vencedor da Taça de Portugal de 1989.

Para encontrar Dudu, em Arraial do Cabo, basta uma pergunta no Centro.
Logo aparece o botequim, point do ex-cabeça-de-área do Vasco na década de 80.

Na rua atrás, a casa humilde que não evaporou com o álcool.
Atualmente, orgulha-se de sentar à mesa para beber água mineral com gás e falar do seu drama para que a nova geração evite o primeiro gole e se proteja das tentações.
- Eu posso ser exemplo. Hoje, o garoto só gasta o dinheiro que tem por que quer...

O Dudu que tinha facilidade para engordar quando jogador, está magro, com uma cicatriz no rosto e refaz a vida após, perdido no alcoolismo, desfazer de todos bens: carros, apartamentos... A mulher do primeiro casamento, com quem teve as filhas Luana e Samanta, não resistiu aos excessos.
Craque em potencial, Dudu conta ter vivido entre os socialites. Era festa atrás de festa. Garrafas e garrafas de uísque. Do treino para a bebida, da bebida para o treino.
Um ciclo vicioso que ele, nos momentos de arrependimento e depressão, tentava vencer, sem sucesso:
- Eu me entreguei de vez quando meu pai morreu. Tive falsos amigos, que se afastaram logo que a vida ficou ruim. No auge, todos te rodeiam. Estava no meio dos socialites. Passei a extrapolar.
Eu me tratei na força de Deus. Nunca fui ao AA (Alcoólicos Anônimos).

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