quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Artilheiros vascaínos por temporada

1954 - Ademir Menezes - 21 gols
Alvinho - 20 gols
1955 - Pinga - 34 gols
Sabará e Parodi - 21 gols
1956 - Vavá - 32 gols
Válter Marciano - 24 gols
1957 - Válter Marciano - 37 gols
Pinga - 28 gols
1958 - Pinga - 26 gols
Almir Pernambuquinho - 18 gols
1959 - Pinga - 33 gols
Almir Pernambuquinho -19 gols
1960 - Pinga - 33 gols
Delém - 31 gols
1961 - Sabará - 18 gols
Pinga - 13 gols
1962 - Saulzinho - 34 gols
Vevé, Villadoniga, Lorico e Sabará - 11 gols
1963 - Célio - 25 gols
Saulzinho - 20 gols
1964 - Célio - 29 gols
Mário - 11 gols
1965 - Célio - 32 gols
Mário - 27 gols
1966 - Célio - 14 gols
Alcir Portella - 11 gols
1967 - Nei - 18 gols
Brito - 7 gols
1968 - Valfrido - 21 gols
Nei - 19 gols
1969 - Nei - 16 gols
Valfrido - 14 gols
1970 - Silva - 17 gols
Valfrido e Dé - 6 gols
1971 - Dé - 18 gols
Bougleux - 12 gols
1972 - Silva - 14 gols
Roberto Dinamite - 8 gols
1973 - Roberto Dinamite - 19 gols
Dé e Alfinete - 10 gols
1974 - Roberto Dinamite - 37 gols
Jorginho Carvoeiro - 9 gols
1975 - Roberto Dinamite - 54 gols
Edu - 16 gols
1976 - Roberto Dinamite - 38 gols
Dé - 23 gols
1977 - Roberto Dinamite - 33 gols
Ramón Pernambucano - 27 gols
1978 - Roberto Dinamite - 43 gols
Paulinho - 37 gols
1979 - Roberto Dinamite - 55 gols
Paulinho - 45 gols
1980 - Roberto Dinamite - 36 gols
Jorge Mendonça - 12 gols
1981 - Roberto Dinamite - 61 gols
Silvinho - 22 gols
1982 - Roberto Dinamite - 36 gols
Cláudio Adão - 18 gols
1983 - Roberto Dinamite - 22 gols
Elói - 9 gols
1984 - Roberto Dinamite - 28 gols
Arthurzinho - 16 gols
1985 - Roberto Dinamite - 49 gols
Romário - 24 gols
1986 - Romário - 38 gols
Roberto Dinamite - 31 gols
1987 - Romário - 33 gols
Roberto Dinamite - 30 gols
1988 - Romário - 24 gols
Bismarck - 23 gols
1989 - Sorato - 15 gols
Bismarck - 12 gols
1990 - Sorato - 23 gols
Bismarck - 17 gols
1991 - Sorato - 23 gols
Bebeto - 21 gols
1992 - Bismarck - 27 gols
Bebeto - 21 gols
1993 - Valdir - 42 gols
Bismarck - 14 gols
1994 - Valdir - 22 gols
Jardel - 12 gols
1995 - Valdir - 34 gols
Clóvis - 20 gols
1996 - Válber - 15 gols
Juninho Pernambucano - 13 gols
1997 - Edmundo - 42 gols
Ramón - 29 gols
1998 - Luisão - 24 gols
Ramón - 16 gols
1999 - Edmundo e Donizete - 18 gols
Luisão e Guilherme - 14 gols
2000 - Romário - 66 gols (recorde vascaíno de gols em uma temporada)
Edmundo - 14 gols
2001 - Romário - 42 gols
Juninho Paulista - 18 gols
2002 - Romário - 26 gols
Ramón - 21 gols
2003 - Marcelinho Carioca - 17 gols
Souza - 11 gols
2004 - Valdir - 23 gols
Petkovic - 18 gols
2005 - Romário e Alex Dias- 30 gols
Moraes e Marco Brito - 8 gols
2006 - Romário - 18 gols
Moraes - 15 gols
2007 - Leandro Amaral - 30 gols
Romário - 15 gols

Fonte: http://www.supervasco.com/

sábado, 27 de dezembro de 2008

Edmundo


No dia 10 de fevereiro de 1997 o futebol brasileiro ganhava uma genuína demonstração de talento de um dos seus craques. Com muita força, técnica e habilidade, Edmundo fazia seis gols num só jogo, na goleada do Vasco de 6 a 0 contra o União São João, pelo Campeonato Brasileiro de 1997, batendo o recorde na competição. O 11 de setembro daquele ano não sairá tão cedo da memória dos fãs do esporte e por isso O GLOBO ONLINE ouviu o protagonista daquele show. Feliz por recordar a incrível marca, Edmundo diz, em entrevista exclusiva, que os seis gols aconteceram de forma surpreendente.

- O que me marcou muito foi que eu não estava me sentindo bem naquele dia. Estava indisposto já na concentração. E quando marquei o terceiro gol e nós abrimos 3 a 0, pensei em pedir para sair, mas o Luisinho (volante do Vasco) me convenceu a ficar porque eu estava brigando pela artilharia. Ainda bem que fiquei e deu no que deu - lembrou Edmundo mostrando muita satisfação com a marca, que ele guarda com carinho.

- É, sem dúvida, como um título para mim, algo que ficou marcado e vou lembrar para sempre - emendou.

Para Edmundo, o colega que mais contribuiu para os seis gols foi Felipe (lateral-esquerdo). O craque não recebeu qualquer homenagem pelo feito, mas, mostrando a sua fase mais 'light' tanto na vida pessoal como na carreira, ele prefere não polemizar o fato.

- Não fico magoado com isso não - declarou ele, que ainda perdeu um pênalti, 'deixando' de marcar o sétimo gol.

O Brasileirão daquele ano não poderia ter acabado melhor para o Vasco. O time foi campeão e Edmundo foi o artilheiro, com 29 gols, recorde até então quebrado em 2004 por Washington, do Atlético-PR, que balançou as redes 34 vezes.

Dez anos depois, Edmundo curte a boa fase no Palmeiras, mas garante que a sua permanência no clube paulista ainda não está garantida. Ele não descarta a volta ao futebol carioca no ano que vem.

- Tudo pode acontecer, seja no Rio ou São Paulo, e já não penso tanto no fim da carreira - encerrou.

Releia o melhor do jogo na crônica de O GLOBO no dia 12 de setembro

Os jogadores ainda se colocavam em campo quando Edmundo começou a mostrar seu repertório. O atacante recebeu na intermediária, avançou sem marcação e chutou fraco. O goleiro Adinam resolveu colaborar e engoliu um frango logo aos 27 segundos de partida - foi o gol mais rápido deste campeonato até agora.

A goleada que se desenhou antes do primeiro minuto acabou demorando mais de uma hora para se concretizar. O Vasco se desinteressou pela partida e passou a jogar burocraticamente. Pedrinho perdeu gol feito aos oito e Edmundo poderia ter aumentado aos 25, mas chutou mal. O Vasco só não foi surpreendido porque faltou categoria ao time paulista.

O técnico Antônio Lopes não conseguiu motivar o time no intervalo. A equipe voltou lenta. Edmundo resolveu, então, decidir a sua maneira. Aos 23, ele marcou o segundo gol e desmantelou definitivamente o esquema do União São João. Aos 27 ele fez 3 a 0; aos 29 aumentou para quatro.

Tinha mais. Numa falha grotesca do goleiro Adinam, Edmundo fez seu quinto gol. O sexto poderia ter saído antes, mas o atacante perdeu um pênalti que ele mesmo sofrera - o atabalhoado Adinam defendeu. Aos 45, o fim do show particular de Edmundo. De perna direita ele marcou seu sexto gol e agora divide a artilharia do Campeonato com Christian, do Internacional, e Dodô, do São Paulo, todos com 11 gols.

FICHA TÉCNICA

VASCO 6 X 0 UNIÃO SÃO JOÃO

Competição: Campeonato Brasileiro - 1ª fase

Estádio: São Januário, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 11/setembro/1997 (5ª-feira)
Hora: 20h30min

Árbitro: Cléver Assunção Gonçalves

Público: 1.313 pagantes.
Renda: R$ 14.390,00.

Cartões amarelos: César Prates, Edmundo, Luisinho, Felipe (VAS); Lisandro e Lica (USJ)
Cartão vermelho: Balu 27'/2ºT (USJ).

Gols: Edmundo 1'/1ºT, Edmundo 23'/2ºT, Edmundo 27'/2ºT, Edmundo 29'/2ºT, Edmundo 34'/2ºT e Edmundo 44'/2ºT (VAS).

VASCO: Márcio, César Prates, Alex, Mauro Galvão, Felipe, Luisinho (Odvan), Nasa (Fabrício Eduardo), Juninho Pernambucano (Mauricinho), Ramón, Edmundo e Pedrinho. Técnico: Antônio Lopes.

UNIÃO SÃO JOÃO: Adinam, Paulo Salles, Lica, Balu, Léo, Augusto, Ricardo Lima, Kelly (Vágner), Mazinho (Leonardo (Jefferson)), Itamar e Lizandro. Técnico: Basílio.

Fonte: www.netvasco.com.br

Nota: O Vasco da Gama naquele ano seria Campeão Brasileiro e Edmundo o Artilheiro do Campeonato com 29 gols

domingo, 21 de dezembro de 2008

Sabará

Nome: Onofre Anacleto de Souza
Nascimento: 18/6/1931, Atibaia-SP
Falecimento: 8/10/1997, Rio de Janeiro-RJ
Período: 1952 a 1964
Posição: Ponta-direita

Numa epoca em que o futebol brasileiro era prodigo de grandes pontas-direitas, Sabara' foi um dos melhores pontas do pais. Alem de atacar e chutar como poucos, defendia com a mesma eficiencia. Era daqueles jogadores que davam alma ao time e nao hesitava dar bronca quando seu companheiros mereciam, naquele seu linguajar caracteristico: "Suas mulherzinhas, como e' que deixam aquele pequeninho (Baba' do Flamengo) cabecear na frente de voces?".

Durante doze anos Sabara' foi um dos jogadores mais populares entre os torcedores do Vasco e talvez o jogador que mais se identificava com a camisa cruzmaltina. Depois de Roberto, foi o jogador que mais vezes a vestiu. Mas tambem houve o final de carreira. Ele foi obrigado a encerra-la na Portuguesa carioca, para onde foi transferido juntamente com seu compadre Laerte, apos uma reformulacao no plantel vascaino. Magoados, eles esperaram ansiosamente o dia de enfrentar o Vasco. Dirigida por Gentil Cardoso, a Portuguesa venceu por 2 a 1.

Texto: http://www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/idolos

Genuíno


Surgiu como um meteoro no futebol carioca. O seu desempenho no jogo Madureira e Botafogo provocou um verdadeiro caso no campeonato carioca de 1951. Por causa do seu gol o Fluminense esteve com o titulo a perigo.
Depois desapareceu de circulação. Voltou a Sete Lagoas. Falou-se que iria jogar pelo Flamengo. O clube da Gávea chegou a negociar o seu passe com o tricolor suburbano, mas Genuíno protestou. Nada custou ao Madureira e nada poderia custar ao Flamengo. Não era mercadoria para ser negociado.
Encontrou-se uma formula para transferir o homem que fabricava gols com tanta naturalidade. Foi emprestado ao Vasco.
Ninguém acreditava que ele pudesse se submeter ao regime de concentração do grêmio da Cruz de Malta, ele que até no Madureira foi deixado à vontade, sem treinar individual, sem ensaiar em conjunto. De fato ele não se adaptou ao sistema utilizado no profissionalismo do Vasco, e um dia a bomba estourou: Genuino fugiu de São Januário. Pegou uma carona num caminhão para Sete Lagoas e foi matar as saudades da família.
Um dia reapareceu e deu todas as desculpas pela fuga. Prometeu emendar-se e seguir todas as instruções. Assim tem acontecido. Um jogador de atitudes esquisitas e que agora vem demonstrando o quanto vale. Tem marcado muitos gols para o Vasco no Torneio Rio São Paulo.
Um grande centro avante recuperado pelo técnico Flávio Costa para o plantel vascaíno. Tem dado trabalho as defesas adversárias, e ainda dará muita dor de cabeça, isto se não tiver saudades de Sete Lagoas.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Evair

No dia 30 de Julho de 1997, numa quarta-feira, Vasco da Gama e Goiás se enfrentaram pelo Campeonato Brasileiro no Estádio de São Januário e os vascaínos saíram vencedores pelo escore de 2 tentos a o. Nesse ano O Clube de Regatas Vasco da Gama foi o Campeão.

Principal Artilheiro do Campeonato

Edmundo (VAS): 29 Gols

O Jogo

VASCO DA GAMA (RJ) 2 x 0 GOIÁS (GO)
Data
: 30/07/1997
Campeonato Brasileiro
Local : Estádio De São Januário / Rio De Janeiro
Arbitro : Luciano Augusto De Almeida
Público : 3.814
Gols : Evair 46/1º e Evair 43/2º
Expulsão : Betinho
VASCO DA GAMA: Márcio, Maricá, Mauro Galvão, Alex, Felipe, Luisinho (Nasa), Válber, Ramón (Mauricinho), Pedrinho, Edmundo (Brener) e Evair / Técnico : Antônio Lopes
GOIÁS: Cléber, Índio, Silvio Criciúma, Wilson, Marquinhos, Guará, Reidner, Sérgio Soares (Leonardo), Betinho, Alex e Aloísio / Técnico : Mauro Fernandes


O Craque: Evair
Evair Aparecido Paulino, o Evair, tinha motivos para ser temido, principalmente por defesas adversárias. Goleador nato, ele brilhou em quase todos os time que defendeu.

Nascido em Ouro Fino-MG, mais específicamente no bairro ourofinense de Crisólia, em 21 de fevereiro de 1965, Evair começou a carreira no Guarani e ganhou sua primeira chance na equipe principal bugrina em 1985. No ano seguinte, o alto e magro centroavante foi um dos destaques do time bugrino vice-campeão brasileiro (perdeu na final para o São Paulo, nos pênaltis). Evair também foi o vice-artilheiro da competição, ficou atrás de Careca.

O goleador permaneceu vestindo a camisa do Guarani até 1988, ano em que o clube campineiro chegou mais uma vez próximo de um título importante. Sob o comando do técnico Carbone, o Bugre foi vice-campeão paulista. O time-base do Guarani era: Sérgio Neri; Marquinhos Capixaba, Vágner Bacharel, Ricardo Rocha e Alberis; Paulo Isidoro, Barbieri, Marco Antônio Boiadeiro e Neto; Evair e João Paulo.

Contratado pela Atalanta, da Itália, Evair manteve a fama de goleador, mas as contusões o atrapalharam muito. Seu retorno para o Brasil aconteceu em 1991. Naquele ano, o Palmeiras aceitou uma troca com o time de Bergamo. O então palmeirense Careca Bianchesi seguiu para a Terra da Bota e Evair chegou ao Palestra Itália.

A contratação de Evair era vista com desconfiança por alguns palmeirenses, já que o centroavante apresentava um problema na coluna. Aos poucos, Evair foi conquistando os torcedores alviverdes e ganhando a confiança dos treinadores, menos de Nelsinho Baptista, que chegou a colocá-lo em uma lista de dispensa, em 92, junto com o goleiro Ivan Izzo, o ponta Jorginho e o zagueiro Andrei.

Com a demissão de Nelsinho, Evair voltou a integrar o elenco palmeirense, o que foi altamente positivo para o time que vivia um longo jejum de títulos (desde 1976 o Palmeiras não ganhava um campeonato importante). Evair foi um dos heróis do Verdão na vitoriosa campanha do Paulistão de 93. Na final contra o Corinthians, no Morumbi, o Palmeiras venceu a partida por 4 a 0 (3 a 0 no tempo normal e 1 a 0 na prorrogação). "El Matador" foi autor de dois gols naquele jogo.

O centroavante também ajudou o Palmeiras a vencer os brasileiros de 93 (sobre o Vitória) e 94 (contra o Corinthians) e o Paulista de 94 (pontos corridos). Deixou o alviverde no final de 94 para defender o Yokohama Flugels, do Japão, onde permaneceu até 1996.

Retornou ao Brasil para defender o Clube Atlético Mineiro. Lá, não conseguiu emplacar. Mais uma vez as contusões foram obstáculos para o centrovante, que em 1997 foi contratado pelo Vasco da Gama. Evair tinha a oportunida de jogar novamente ao lado de Edmundo, velho conhecido do centroavante. Os dois formaram uma grande dupla no Palmeiras.

E com o estilo "garçom", Evair fez várias assistências para seus companheiros, principalmente para Edmundo, artilheiro do Campeonato Brasileiro de 97. E com uma dupla tão afinada o Vasco garantiu aquele nacional. E o curioso é que o adversário da final foi o Palmeiras, ex-time de Evair e Edmundo. Dois empates por 0 a 0 (o primeiro no Morumbi e o segundo no Maracanã) garantiram o título ao time cruz-maltino.

Apesar de se tornar ídolo da torcida vascaína, Evair trocou o time de São Januário por outro clube da mesma colônia. O goleador foi a principal contratação da Portuguesa para o Paulistão de 98. Evair seguiu marcando gols pelo time do Canindé e por pouco não disputou mais uma final de Paulista. A Lusa perdeu na semifinal do estadual para o Corinthians, no Morumbi, em partida polêmica que teve como juiz o argentino Castrilli. Muitos portugueses até hoje reclamam da arbitragem daquele jogo.

Em 1999, Evair recebeu várias sondagens, entre elas do Corinthians, mas acabou acertando o retorno ao Palmeiras. No mesmo ano, o centroavante ajudou o alviverde a conquistar a Libertadores da América. Na final da competição sul-americana, o Palmeiras derrotou o Deportivo Cali por 2 a 1, no tempo normal, e depois nos pênaltis. Evair marcou de pênalti no tempo normal e também converteu sua cobrança na dramática decisão das penalidades. Ele deixou o Palmeiras com a incrível marca de 127 gols em 245 jogos (números do "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti).

No ano seguinte, Evair foi defender outro grande clube paulista: o São Paulo. Com a camisa tricolor, o artilheiro não conseguiu brilhar tanto. Mesmo assim, Evair fez parte do elenco são-paulino campeão do Paulistão de 2000. O centroavante fez 31 jogos e marcou nove gols pelo São Paulo Futebol Clube (números do "Almanaque do São Paulo", de Alexandre da Costa).

Depois do São Paulo, ele seguiu marcando gols por Coritiba, Figueirense e Goiás. Gostou tanto de Goiânia que resolveu morar naquela cidade. Evair é casado, pai de uma filha e começou a carreira de treinador no Vila Nova (GO). "Já morei em 12 cidades e em três países, mas Goiânia é o melhor lugar do mundo", elogia. Mas, mesmo assim, ele deixou a bela capital de Goiás para aceitar o desafio de ser dirigente da Ponte Preta, em 2007. No ano seguinte, em janeiro, deixou Moisés Lucarelli e assinou com o Trindade (GO) para ser novamente técnico

Site: http://evair.com.br

Clubes
1985-1988: Guarani-SP
1988-1991: Atalanta Bergamo - Itália
1991-1994: Palmeiras-SP
1995-1996: Yokohama Flugels - Japão
1997: Atlético Minerão-MG
1997: Vasco de Gama-RJ
1998: Portuguesa-SP
1999: Palmeiras-SP
2000: São Paulo FC-SP
2000: Goiás-GO
2001-2002: Coritiba-PR
2003: Figueirense-SC

Títulos

Jogos Panamericanos: 1987
Campeonato Paulista: 1993, 1994, 2000
Campeonato Brasileiro: 1993, 1994, 1997
Torneio Rio - São Paulo: 1993
Copa Libertadores: 1999

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Goleada Histórica

O C.R.Vasco da Gama aplicou a maior goleada da história do profissionalismo no futebol do Rio de Janeiro. Foi em 6 de setembro de 1947, em São Januário, numa partida válida pela sexta rodada do Carioca: 14 a 1 no Canto do Rio.

O curioso é que naquela tarde de sábado a torcida ainda estava desconfiada, pois o time havia terminado o campeonato de 1946 em apenas quinto lugar, fora do quadrangular que decidiu o título, ganho pelo Fluminense. Pior: no dia 24 de agosto empatara por 3 a 3 com o Olaria em seu estádio.

O jogo contra a equipe azul e branca de Niterói, no entanto, haveria de reabilitar o Vasco, então conhecido por “Expresso da Vitória”. O time meteu 5 a 0 no primeiro tempo, marcando Ismael (três), Maneca e Nestor. O placar foi sendo ampliado, com os gols saindo em média a cada cinco minutos. Dimas marcou duas vezes. Heitor descontou.

No desespero, o Canto do Rio pôs o atacante Raimundo na meta, e lançou o goleiro Odair na “linha”, sacando justamente Heitor, o seu artilheiro solitário. Inútil. Assinalaram, na seqüência, Ismael, Maneca (dois), Chico, Dimas, Maneca e Ismael, estabelecendo o “score de bola de meia”, como se dizia à época.

E o Vasco, dirigido por Flávio Costa, que deixara o Flamengo a peso de ouro, conquistou o título invicto e com duas rodadas de antecedência, registrando 17 vitórias, três empates, 68 gols a favor e 20 contra.

A segunda goleada do profissionalismo (1933-2007) no Rio também é do Vasco e tem uma história ainda mais curiosa.

Curiosidades

A maior goleada da história do futebol carioca aconteceu em 30 de junho de 1909, em jogo válido pelo campeonato daquele ano, no extinto campo da Rua Voluntários da Pátria: Botafogo 24 x 0 Mangueira.

O Vasco fez 14 a 1 com Barbosa, Augusto e Rafanelli; Eli, Danilo e Jorge; Nestor, Maneca, Dimas, Ismael e Chico.

O Canto do Rio perdeu com Odair (Raimundo), Borracha e Lamparina; Carango, Bonifácio e Canelinha; Heitor (Odair), Valdemar, Raimundo, Didi e Noronha.

Arubinha enterrou sapo. E rogou a praga dos 12 anos

No dia 28 de dezembro de 1937, o Vasco goleou o Andaraí por 12 a 0 nas Laranjeiras. O jogo, na prática, deveria ter sido ganho por WO pelo Andaraí, pois o táxi que levava um grupo de jogadores cruzmaltinos para o campo do Fluminense sofreu um acidente, e o Vasco só teve o time completo mais de uma hora depois do horário marcado para o começo da partida. Pois o Andaraí, demonstrando fair play, preferiu esperar. Reza uma das lendas mais folclóricas da história do futebol que o ponta Arubinha, revoltado com a goleada, entrou escondido em São Januário e enterrou um sapo no gramado do estádio, rogando uma
praga para o Vasco ficar 12 anos, um por cada gol, sem conquistar títulos. O Vasco amargou sete campeonatos em jejum, só voltando a ganhar o Carioca em 1945, quando o Andaraí nem participava mais do Carioca.

Texto: Roberto Assaf

Fonte: www.supervasco.com

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Ademir Menezes: Um artilheiro no meu coração

Este belíssimo vídeo sobre o grande artilheiro vascaíno foi-me recomendado por Marcos Veloso, autor do blog http://idolosdosanta.blogspot.com/ através de comentário neste blog.Simplesmente imperdível!

Nasce o futebol no Club de Regatas Vasco da Gama

Com o sucesso no mar, era hora de colocar a bandeira vascaína no topo de outras modalidades esportivas.

Trazido da Inglaterra, o futebol, depois de um começo tímido nos primeiros anos do século, vinha ganhando força e popularidade junto aos cariocas. Em 1913, um combinado português veio ao Rio a convite do Botafogo para disputar alguns amistosos. O relativo fracasso do time na excursão não foi suficiente para aplacar a empolgação da colônia lusa com o esporte bretão. Em pouco tempo, os portugueses radicados no Rio formaram seus clubes para a prática dessa modalidade esportiva: o Centro Esportivo Português, o Lusitano e o Lusitânia. Dos três, o único que conseguiu manter-se foi o Lusitânia, justamente um clube cujo estatuto só autorizava portugueses nos quadros.

A diretoria do Vasco, interessada desde o início da década em formar um time de futebol, vinha tentando seduzir o escrete luso a se fundir ao clube de regatas. O empecilho era a restrição da nacionalidade, pois as regras do Vasco afirmavam a união de irmãos de todas as raças, mas a norma da Liga Metropolitana de Sports Athleticos (LMSA), que promovia o futebol no Rio, impedia a participação de clubes sem brasileiros em seus quadros. O Lusitânia cedeu e aceitou a fusão.

No dia 26 de novembro de 1915, nascia o futebol do Vasco. Pouco mais de cinco meses depois, no dia 3 de maio de 1916, vestindo uma camisa preta com a Cruz da Ordem de Cristo - equivocadamente chamada de Cruz-de-Malta - à altura do coração, o time do Vasco estreou, no campo do Botafogo, contra o Paladino Futebol Clube, na Terceira Divisão da Liga Metropolitana de Sports Athleticos (LMSA). O resultado não foi muito animador: goleada de 10 a 1 para os adversários. O gol de honra dos cruzmaltinos, primeiro gol da história do Vasco, foi marcado por Adão Antônio Brandão, um português que viera para o Rio de castigo, pois o pai não perdoava sua falta de gosto pelos estudos.


Adão marcou o 1° gol da história do Vasco.

Nos tempos do amadorismo, Adão marcou época no clube como um atleta polivalente, que se destacava tanto no futebol quanto em outros esportes, como atletismo, remo, natação e pólo aquático. Jogou futebol até 1933, quando o esporte se profissionalizou no então Distrito Federal.

O fracasso nos jogos iniciais não desanimou o time. A primeira vitória surgiu pouco tempo depois, no dia 29 de outubro de 1916: o Vasco venceu a Associação Atlética River São Bento por um magro, porém convincente, marcador de 2 a 1. Os gols que deram a alegria aos vascaínos foram de Alberto Costa Júnior e Cândido Almeida. A partida, disputada no campo do São Cristóvão, na Rua Figueira de Mello, valia pontos para a Terceira Divisão da LMSA. No entanto, o resultado positivo não foi suficiente para melhorar a colocação e o time de São Januário terminou em último lugar.

Em 1917, a LMSA foi reformada e passou a ser denominada Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMTD). O número de participantes em cada Divisão aumentou para dez e os seis clubes da Terceira Divisão - inclusive o Vasco - foram promovidos para a competição da Segunda. No campeonato daquele ano, o Catete ficou com o título, mas o time cruzmaltino começou a mostrar sua força, com nove vitórias em 16 jogos e a quarta colocação no total geral de pontos. No ano seguinte, o título foi conquistado pelo Americano, time da capital, mas o Vasco chegou ainda mais perto, terminando a disputa na terceira colocação.

Em 1919, o Vasco, mesmo com nove vitórias, chegou na quinta posição, deixando o título para o Palmeiras. No ano seguinte, um quarto lugar. No campeonato de 1921, a Liga Metropolitana reordenou as Divisões, separando a Primeira pelas categorias A e B. O Vasco foi conduzido para a B, e os bons resultados não demoraram a aparecer. Os cruzmaltinos chegaram perto mais uma vez, dois postos atrás do time campeão, o Vila Isabel.

1º Jogo Internacional do Vasco da Gama

No dia 02 de dezembro de 1923, o Club de Regatas Vasco da Gama disputava sua primeira partida contra uma equipe estrangeira. Não foi com a pompa que aquela equipe merecia. Afinal de contas, estreando na elite do futebol carioca naquele ano, o time Camisa Preta surpreendentemente atropelou todos os seus adversários, bem mais famosos que aquele time novato, recém-formado por humildes mestiços, e se atreveu a levantar a taça de modo inquestionável, tornando-se campeão antecipadamente.

Os adversário foi o uruguaio Universal Futebol Clube, equipe de porte médio que nos anos 10 do século passado algumas vezes incomodou os conhecidos rivais de Montevidéu, Peñarol e Nacional. E o jogo seria apenas uma preliminar contra os reservas do clube oriental, que teve de ser reforçado por alguns atletas do Bonsucesso (Mathias, Eurico, Affonso e Lúcio) já que os titulares fariam a partida principal daquela tarde contra um combinado de jogadores do Paulistano (tradicional agremiação que dominou o cenário futebolístico de São Paulo na época do amadorismo) e do Flamengo.

O Vasco também não utilizou sua força máxima: apenas três titulares do grupo campeão participaram do embate: Mingote, Arthur e Pires. Adão Antônio Brandão, autor do primeiro gol vascaíno em uma partida oficial, sete anos antes, e já “aposentado”, atuou pela última vez com o uniforme cruzmaltino nesse dia.

O "match" foi disputado no estádio do Fluminense, nas Laranjeiras, que recebeu uma enorme platéia. Russo marcou o gol do Vasco e Bruno fez o tento dos gringos. No final, 1 a 1 no placar. O jogo de fundo terminou com a vitória dos titulares do Universal sobre o Combinado Flamengo/Paulistano por 3 a 0.

FICHA TÉCNICA:

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 1 UNIVERSAL (URU)
Data: 02/12/1923
Amistoso Internacional
Local: Estádio das Laranjeiras (Rio de Janeiro)
Árbitro: Braz de Oliveira, o Bahica (sócio do Carioca)
Gols: Russo (VAS) e Bruno (UNI).
VASCO da GAMA: Amaral, Mingote e Hespanhol; Arthur, Floriano e Miranda; Adão, Russo, Pires, Badú e Godoy.
UNIVERSAL: Vidal, Miñol e Caldas; Mathias*, Eurico* e Galbo; Affonso*, Bruno, Scarone, Maldonado e Lúcio*.

Observações: Jogo de despedida de Adão Antônio Brandão pelo Vasco. O Universal-URU foi reforçado por 4 jogadores do Bonsucesso (assinalados com um asterisco). No jogo de fundo, a equipe principal do time uruguaio venceu por 3 a 0 o combinado Flamengo/Paulistano.

Agradecimento a Alexandre Mesquita.

Fonte: www.netvasco.com.br

domingo, 14 de dezembro de 2008

Goleadas em Brasileiros

Das 150 maiores goleadas do Campeonato Brasileiro o C.R Vasco da Gama contribuiu com 13 dessas goleadas.

14/02/1984 Vasco da Gama 9 x 0 Tuna Luso/PA
Gols: Arthurzinho (4), Marcelo (3), Geovani e Aírton

14/03/1982 Vasco da Gama 7 x 1 Operário/MS
Gols: Marquinho (3), Wilsinho (2), Cláudio Adão e Rosemiro (Vasco); Jones (Operario)

05/08/2001 Vasco da Gama 7 x 1 Guarani
Gols: Romário (4), Juninho Paulista, Jorginho e Botti (Vasco); e Fumagalli (Guarani)

25/11/2001 Vasco da Gama 7 x 1 São Paulo
Gols: Romá (3), Euller, Gilberto, Léo Lima e Dedé (Vasco); França (S. Paulo)

24/01/1982 Vasco da Gama 7 x 0 Moto Clube
Gols: Cláudio Adão (3), Roberto Dinamite, Renato Sá , Marquinho e Dudu

10/03/1982 Vasco da Gama 7 x 0 Internacional/SM
Gols: Roberto Dinamite (3), Cláudio Adão (2), Dudu e Silvinho

06/04/2003 Vasco da Gama 6 x 4 Goiás
Gols: Marcelinho Carioca (2), Rodrigo Souza, Wecsley, Cadi e Anderson Costa (Vasco); Dimba (2), Araújo e Fabão

02/11/1977 Goiânia 2 x 6 Vasco da Gama
Gols: Bil (2) (Goiania); Helinho, Zandonaide, Wilsinho, Roberto Dinamite, Geraldo, Orlando (Vasco)

12/02/1981 Vasco da Gama 6 x 1 Londrina/PR
Gols: Roberto Dinamite (3), Dudu, César e Rosemiro (Vasco); Paulinho (Londrina)

22/10/1995 Vasco da Gama 6 x 1 Paysandu
Gols: Nelson (2), Valdir (2), Juninho e Leonardo (Vasco); Barbosa (Paysandu)

25/03/1984 Vasco da Gama 6 x 0 Joinville
Gols: Arthurzinho (2), Mário, Roberto Dinamite, Mauricinho e Edevaldo

05/10/1986 Vasco da Gama 6 x 0 Operário/MT
Gols: Roberto Dinamite (3), Gersinho, Mauricinho e Romário

11/09/1997 Vasco da Gama 6 x 0 União São João
Gols: Edmundo (06) - recorde nacional
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C.R. Vasco da Gama

VASCO DA GAMA (RJ) 3 X 1 BANGU (RJ)
Data : 20/07/1958
Campeonato Carioca
Local: Estádio do Maracanã
Arbitro: Amilcar Ferreira
Público: 44.375
Gols: Pinga(2),Vavá e Décio Esteves
VASCO DA GAMA: Barbosa, Dario, Bellini, Ortunho, Écio, Orlando, Sabará, Almir, Vavá, Rubens e Pinga / Técnico : Gradim
BANGU: Ubirajara, Darci Santos, Darci Faria, Nílton Santos, Recaman, Zozímo, Alcides, Ivo Medeiros, Jaime, Mituca e Décio Esteves / Técnico : Gentil Cardoso

VASCO DA GAMA (RJ) 4 X 2 BONSUCESSO (RJ)
Data: 25/07/1958
Campeonato Carioca
Local: Estádio De São Januário
Arbitro: Amilcar Ferreira
Gols: Cabrita(2)Bonsucesso;Pinga(2),Wilson Moreira(2)
VASCO DA GAMA: Barbosa, Dario, Viana, Ortunho, Écio, Orlando, Sabará, Wilson Moreira, Vavá, Rubens e Pinga / Técnico : Gradim
BONSUCESSO: Rui, Joel, Gonçalo, Chicão, Beto, Brandãozinho, Iedo, Artoff, Cabrita, Hélio e Jair

VASCO DA GAMA (RJ) 3 X 0 CANTO DO RIO (RJ)
Data: 16/08/1958
Campeonato Carioca
Local: Estádio Do Maracanã
Arbitro: Alberto Da Gama Malcher Gols : Sabará, Laerte e Wilson Moreira
VASCO DA GAMA: Hélio, Paulinho, Bellini, Coronel, Écio, Orlando, Sabará, Laerte, Wilson Moreira, Rubens e Pinga / Técnico : Gradim
CANTO DO RIO: Mauro, Sinval, Hamílton, Ricardo, Bera, Floriano, Cabloco, Ari, Santos, Paulinho e Quincas

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 0 FLUMINENSE (RJ)
Data: 24/08/1958
Campeonato Carioca
Local: Estádio Do Maracanã
Arbitro: Wilson Lopes De Souza
Público : 57.739
Gol: Pinga
VASCO DA GAMA:
Barbosa, Paulinho, Bellini, Coronel, Écio, Orlando, Sabará, Almir, Wilson Moreira, Rubens e Pinga / Técnico : Gradim
FLUMINENSE: Castilho, Jair Marinho, Pinheiro, Dodô, Clóvis, Telê, Almir, Wilson, Valdo, Mário e Escurinho / Técnico : Zezé Moreira

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 1 INTERNACIONAL (RS)
Data : 17/12/1972
Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Beira Rio / Porto Alegre
Arbitro: Emídio Marques De Mesquita
Gols: Alcir 09 e Claudiomiro 11/1º
VASCO DA GAMA: Andrada, Paulo César, Miguel, Moisés, Alfinete (Eberval), Alcir, Suíngue (Ademir), Jorginho Carvoeiro, Tostão, Silva e Gílson Nunes / Técnico : Mário Travaglini
INTERNACIONAL: Schneider (Rafael), Cláudio, Figueroa, Pontes, Jorge Andrade, Tovar, Paulo César Carpeggiani, Valdomiro, Bráulio (Carbone), Claudiomiro e Volmir / Técnico : Mário Travaglini

VASCO DA GAMA (RJ) 0 X 2 FLUMINENSE (RJ)
Data: 19/11/1967
Campeonato Carioca
Local:
Estádio Do Maracanã / Rio De Janeiro
Arbitro: Cláudio Magalhães
Público: 61.209
Gols: Cláudio 20/1º e Rinaldo 22/2º
VASCO DA GAMA: Pedro Paulo, Jorge Luís, Sérgio, Álvaro, Oldair, Paulo Dias, Danilo Menezes, Nei, Adílson, Valfrido e Silva / Técnico : Ademir Menezes
FLUMINENSE: Márcio, Oliveira, Valtinho, Valdez, Bauer, Denílson, Suíngue, Wilton, Cláudio, Samarone e Rinaldo / Técnico : Nelsinho Rosa

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Excursão do Vasco da Gama ao México em 1949

O Clube de Regatas Vasco da Gama realizou uma bela temporada por gramados mexicanos em 1949. Depois de decidir e perder o titulo de campeão carioca para o Botafogo, os vascainos viajaram para o México e disputaram dez partidas. Foram oito vitórias e dois empates. Aconteceram grandes exibições do time do Vasco que, quase sempre, era aplaudido pela torcida mexicana.

Os jogos foram os seguintes:

Data: 09/01/1949 – Vasco da Gama 4 x América 3
Gols: Ademir 2. Ipojucan e Dimas (Vasco). Cassarin 3.

Data: 16/01/1949 – Vasco da Gama 4 x Atlas 3
Gols: Ipojucan. Pacheco. Ademir e Friaça (Vasco). Nino Flores. Dumbo Lopes e Cubero (Atlas).

Data: 20/01/1949 – Vasco da Gama 6 x Guadalajara 1
Gols: Ipojucan 2. Chico. Ademir. Friaça. Vereja contra (Vasco). Garcia (Guadalajara).

Data: 23/01/1949 – Vasco da Gama 8 x Atlante 0
Gols: Ademir 3. Friaça 3. Ipojucan e Nestor.

Data: 27/01/1949 – Vasco da Gama 2 x Asturias-Espanha 0
Gols: Ipojucan. Friaça

Data: 30/01.1949 – Vasco da Gama 2 x Vera Cruz 1
Gols: Chico e Friaça (Vasco) Lecca (Vera Cruz)

Data: 03.02/1949 – Vasco da Gama 2 x Oro 2
Gols: Dimas e Maneca (Vasco) Casarin 2 (Oro)

Data: 06/02/1949 – Vasco da Gama 3 x Leon 2
Gols: Chico 2. Maneca (Vasco). Mazzote 2 (El Leon)

Data: 10/02/1949 – Vasco da Gama 4 x Atlas 0
Gols: Ipojucan 2. Chico. Nestor

Data:13/02/1949 – Vasco da Gama 0 x Austurias-Espanha 0

O Vasco marcou 35 gols e tomou 12. O artilheiro foi Ipojucan com 8 gols.
Depois veio Ademir e Friaça com 7 gols. Chico com 5. Dimas, Nestor e Maneca com 2. Pacheco e Vereja contra 1 gol.

Os jogadores que atuaram nesta temporada foram os seguintes:
Barbosa. Wilson, Eli, Ipojucan e Chico jogando as 10 jogos.
Jorge, Friaça e Ademir 09 jogos.
Augusto e Danilo 08 jogos.
Neste 07 jogos.
Pacheco 03 jogos.
Sampaio, Moacir, Dimas e Aldo 1

Fonte: www.museudosesportes.com.br

Ademir Menezes


Relação dos títulos de Ademir Menezes
1937/38 - Bicampeão juvenil pernambucano pelo Sport Club Recife
1939/40/41 - Tricampeão pernambucano pelo Sport Club Recife

1943/44 - Bicampeão brasileiro pela Seleção Carioca

1945 - Campeão carioca invicto pelo Vasco da Gama

1946 - Campeão brasileiro pela Seleção Carioca

1946 - Supercampeão carioca pelo Fluminense

1948 - Campeão sul-americano de campeões pelo Vasco da Gama

1949 - Campeão carioca invicto pelo Vasco da Gama e artilheiro do campeonato

1949 - Campeão sul-americano pela Seleção Brasileira

1950 - Campeão brasileiro pela Seleção Carioca

1950 - Vencedor da Copa Rio Branco pela Seleção Brasileira

1950 - Vencedor da Copa Oswaldo Cruz pela Seleção Brasileira

1950 - Vice-campeão mundial pela Seleção Brasileira e artilheiro da Copa.

1950 - Campeão carioca (bi) pelo Vasco da Gama e artilheiro do campeonato

1952 - Campeão Pan-Americano pela Seleção Brasileira

1952 - Campeão carioca pelo Vasco da Gama

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

C.R. Vasco da Gama,


VASCO DA GAMA (RJ) 0 X 0 AMÉRICA (RJ)
Data :
13/11/1960
Campeonato Carioca
Local : Estádio Do Maracanã / Rio De Janeiro
Juiz: Frederico Lopes
VASCO DA GAMA: Ita, Paulinho, Belline, Orlando, Coronel, Laerte, Waldemar, Sabará, Wilson Moreira (Vanderlei), Delém e Pinga / Técnico : Abel Picabéa
AMÉRICA: Pompéia, Jorge, Djalma Dias, Wilson Santos, Ivan, Amaro, João Carlos, Calazans, Quarentinha, Antoninho e Nilo / Técnico : Jorge Vieira

VASCO DA GAMA (RJ) 3 X 2 ALMIRANTE BARROSO (SC)
Data :
27/07/1958
Amistoso Interestadual
Local : Estádio Camilo Mussi / Itajaí
Arbitro :.......
Gols : Wilson Moreira 14, Agenor 44/1º, Pinga 18, Delém 30 e Nilo 43/2º
VASCO DA GAMA: Barbosa (Zé Tainha), Dario, Viana, Écio, Ademar, Ortunho (Bibi), Sabará (Ramos), Livinho (Delém), Wilson Moreira (Dominguinhos), Rubens (Waldemar) e Pinga (Nivaldo)
ALMIRANTE BARROSO: Jorge, Darci, Nílson, Hélio (Bento), Brandão (Aduci),
Nilo, Quico (Paraná), Teixerinha, Agenor e Godeberto

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 3 FLUMINENSE (RJ)
Data :
11/10/1959
Campeonato Carioca
Local : Estádio Do Maracanã / Rio De Janeiro
Arbitro : Alberto Da Gama Malcher
Gols : Pinheiro, Valdo, Telê e Delém
VASCO DA GAMA: Hélio, Russo, Paulinho, Coronel, Écio, Orlando, Sabará, Delém, Pinga, Rubens e Teotônio
FLUMINENSE: Castilho, Jair Marinho, Pinheiro, Altair, Edmílson, Clóvis, Paulinho, Valdo, Telê, Jair Francisco e Escurinho / Técnico : Zezé Moreira

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 1 DESPORTIVA FERROVIÁRIA (ES)
Data: 06/07/1983
Amistoso Interestadual
Local: Estádio Engenheiro Araripe / Cariacica
Arbitro: José Carlos Da Silva
Público: 5.000
Gols: Roberto Dinamite 19 e Luís Carlos 39/1º
VASCO DA GAMA: Acácio, Roberto Teixeira, Rondinelli, Chagas, Pedrinho, Serginho, Dudu, Ernâni, Jussiê (Oliveira), Roberto Dinamite e João Luís (Vando) / Técnico : Carlos Alberto Zanata
DESPORTIVA FERROVIÁRIA: Rogério, Barto, Gabriel, Luís Carlos, Vicente Paixão (Ari), Japonês, Paulistinha (Tião), César, Tizil, Cabinho e Gama (Antônio José) / Técnico : Elci Rodrigues

VASCO DA GAMA (RJ) 2 X 0 PORTUGUESA (RJ)
Data:
24/01/2004
Campeonato Carioca / 1ª Rodada / Taça Guanabara
Local: São Januário / Rio de Janeiro
Público : 2.059
Árbitro: Amaurílio Machareth Sá Leão
Gols: Ânderson 06/1º e Valdir 39/2º
VASCO DA GAMA : Fábio, Alex Silva (Claudemir), Fabiano, Santiago, Víctor Boleta, Ygor, Rodrigo Souto, Beto (Júnior), Morais, Valdir e Ânderson (Léo Macaé) / Técnico : Geninho.
PORTUGUESA :
Everton, Marcelo Cardoso, Marcelo Moura, Marcelo, Alan (Alexandre Ratinho), Marcinho (André Biquinho), Otaviano, Dé, Eberson, Nilberto e Orlando (Newton) / Técnico : Alfredo Sampaio.

OLARIA (RJ) 0 X 3 VASCO DA GAMA (RJ)
Data :
28/01/2004
Campeonato Carioca / 2ª Rodada. Taça Guanabara
Local : Rua Bariri / Rio de Janeiro (RJ).
Público : 856
Árbitro : Ubiraci Damásio de Oliveira
Gols: Valdir 24, 30/1º e Valdir 22/2º
OLARIA: Cássio, Bruno, Daniel, Fabão, Dida, Márcio Costa, Alexandre (Carlos Alberto), Dedé (William), Marcelo Souza, Fabrício e Alex (Amauri) / Técnico : Antônio Lopes Júnior
VASCO DA GAMA :
Fábio, Alex Silva (Claudemir), Wescley, Santiago, Víctor Boleta, Ygor, Rodrigo Souto, Júnior (Donizete), Morais, Valdir e Ânderson (Róbson Luiz) / Técnico : Geninho.
Expulsão :
Carlos Alberto (Olaria).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Campeão Carioca de 1947



Os campeões posando com a Taça

O empate sem gols com o Botafogo em São Januário no dia 7 de dezembro de 1947 foi o suficiente para que o Expresso da Vitória levasse mais uma taça para sua sala de troféus. Curiosamente foi a primeira vez naquela competição que a equipe cruzmaltina passou em branco no placar. Este foi o sétimo título vascaíno - e seria o terceiro de forma invicta. Com uma campanha espetacular em vinte jogos, perdeu apenas dois pontos, chegando ao fim da competição com sete pontos de vantagem sobre o segundo colocado.

Iniciando o turno de forma avassaladora - goleadas sobre América, Bangu e Bonsucesso -, foi na quarta rodada que o Vasco perdeu seu primeiro ponto ao empatar em casa com o Olaria, resultado que foi considerado uma grande zebra. Depois desse revés, foram nada mais nada menos do que treze vitórias consecutivas, incluindo o histórico 14 a 1 sobre o Canto do Rio - maior goleada da era profissional. Nenhum adversário passou incólume, assim como já havia acontecido no título invicto de 1945. Duas rodadas depois, estava confirmada mais uma conquista invicta de um dos maiores esquadrões de todos os tempos do futebol brasileiro. Do time que três meses depois iria ao Chile representar o nosso país no Sul-americano de Clubes Campeões, voltando brilhantemente com a copa nas mãos.

Sete pontos à frente do Botafogo, única equipe que ainda poderia sonhar com o campeonato, o Expresso viveu no entanto um dia de pouca inspiração. O artilheiro da competição Dimas, substituto de Ademir, que cumpria sua segunda temporada no Fluminense, não esteve bem e a partida apresentou poucas chances claras de gol. O Alvinegro teve uma oportunidade de ouro de tirar o selo do Vasco, mas Geninho desperdiçou o lance. E o empate sem gols ratificou mais uma conquista do clube da colina, do Expresso que continuava a trilhar sobre caminhos gloriosos.

VASCO DA GAMA (RJ)0 X 0 BOTAFOGO (RJ)
Data: 07/12/1947
Campeonato Carioca
Local: São Januário
Árbitro
: Alberto da Gama Malcher
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Alfredo II, Danilo e Jorge; Friaça, Maneca, Dimas, Lelé e Chico. Técnico Flávio Costa.
BOTAFOGO: Osvaldo, Marinho e Gerson; Nilton Senra, Ávilla e Juvenal; Santo Cristo, Otávio, Heleno, Geninho e Teixeirinha. Técnico: Ondino Vieira.

Campanha
20 jogos, 18 vitórias, 2 empates, 68 gols pró, 20 gols contra, saldo positivo 48 gols.



Artilheiros

18 gols: Dimas
14 gols: Maneca
10 gols: Lelé
08 gols: Ismael
07 gols: Friaça
05 gols: Chico
04 gols: Djalma
01 gol: Rafagnelli e Nestor

Elenco


Por Alexandre Mesquita
Alexandre Mesquita é pesquisador de futebol e autor do livro "Clássico Vovô", juntamente com Jefferson Almeida, 2006, edição dos autores.

Fonte: http://www.netvasco.com.br/

domingo, 7 de dezembro de 2008

Hora de arrumar a casa

Vascaínos de todos os cantos do Brasil e do Mundo

Todos estamos tristes com o rebaixamento do Glorioso Vasco da Gama à 2ª Divisão do Campeonato Brasileiro. Hoje até que a equipe lutou muito, perdeu muitas chances de gol e mesmo vencendo não sairia do rebaixamento pois os outros resultados não o ajudariam. Esta queda há muito tempo vem sendo anunciada, com o nosso time desde a era dos pontos
corridos vir sempre lutando para não ser rebaixado e salvo um ano ou outro tirar uma colocação razoável.

É triste de ver o nosso Glorioso Vasco da Gama, fruto da má administração dos últimos anos e com mandos e desmandos do prepotente Eurico Miranda ser relegado a uma equipe secundária e que não ganha nada desde 2003, com salvos uns três ou quatro jogadores, ser uma equipe medíocre que erra um passe de 3 m e jogadores que não são dignos de vestirem a camiseta vascaína.

Isento de culpa o nosso Ídolo maior, Roberto Dinamite que alçado á Presidência pegou o Clube com a marca do todo poderoso não tendo tempo e nem dinheiro para reforçar o time com melhores jogadores.

Que saudades temos do Expresso da Vitória ganhador de tantos Títulos nas décadas de 40 e 50.
Que saudades temos dos fabulosos times da década de 70, ganhadores do Brasileiro de 1974 e do Carioca de 1977 e vice-campeão do Brasileiro de 1979.
Que saudades temos do times da década de 80, Campeão Carioca de 1982, 1987, 1988, Vice- Campeão Brasileiro em 1984, Campeão Brasileiro de 1989, Tri-campeão do Ramon de Carranza.
Que saudades temos dos times da década de 90, Tri-Campeão Estadual em 1992,1993,1994, Campeão Brasileiro em 1997, Campeão da Libertadores em 1998, Campeão da Mercosul em 1999.

Nesta década só temos o Brasileiro de 2000 e o Carioca de 2003, muito pouco para a Grandeza do nosso Clube.
Jaguaré, Brilhante, Itália, Tinoco, Fausto, Mola, Pascoal, 84, Russinho, Mário Mattos, Santana.
Barbosa, Augusto, Rafanelli, Ely, Danilo Alvin, Jorge, Friaça, Maneca, Ipojucãn, Ademir Menezes, Chico e tantos outros craques que souberam honrar a Cruz de Malta fazem falta.

Hora de arrumar a casa e partir para 2009 com pensamento de time e Clube grande que tu és.

Salve o nosso Glorioso C. R. Vasco da Gama




sábado, 29 de novembro de 2008

A volta arrasadora do Dinamite


3º gol do jogo
Vasco 5x2 Corinthians (Campeonato Brasileiro 1980)

Marcio Braga, o ex-presidente do Flamengo, quase juntou no ataque rubro-negro os dois maiores artilheiros da época: Zico e Roberto Dinamite. Vendo que Roberto não se adaptava ao Barcelona, para o qual fora vendido havia menos de três meses, Marcio Braga decidiu contratá-lo. Mas a diretoria do Vasco, ao sentir o escândalo que a torcida estava fazendo, antecipou-se ao clube rival e trouxe seu artilheiro de volta.

O Vasco do técnico Orlando Fantoni não estava bem no Campeonato Brasileiro de 1980. Jogava na base do esforço e do talento pessoais de Guina, Dudu e Carlos Alberto Pintinho. Que falta fazia um líder! Roberto retornava para preencher essa função e para mostrar, a quem não acreditava nele, que podia ser o mesmo artilheiro de sempre e o quanto tinha sido injustiçado na Espanha, em meio às crises do Barcelona e perseguições por parte do técnico Helênio Herrera.

A reestréia foi em Recife, contra o Náutico, em 24 de abril. Roberto teve atuação apagada mas o Vasco venceu por 1x0, gol de Guina.

O reencontro do artilheiro com a torcida seria no dia 4 de maio, no Maracanã, contra a forte equipe do Corinthians. Mas a torcida do Vasco não estaria sozinha para recepcionar o ídolo. Estava programada uma rodada dupla, e na preliminar jogariam Flamengo e Bangu. Por isso, rubro-negros e corintianos se uniram nas arquibancadas. O público pagante chegou a 107.474.

A Fla-Fiel - assim dizia uma faixa na arquibancada do lado esquerdo das cabines de radio - vibrou inicialmente com a vitória do Flamengo por 3x0, três gols de Tita, que jogou com a camisa 10 em substituição a Zico, contundido.

Entusiasmados com a vitória, os rubro-negros fizeram festa com a entrada do Corinthians em campo, com seu tradicional uniforme, e vaiaram a entrada do Vasco, com camisas pretas e calções e meias brancas. O Vasco formava com Mazaropi; Paulinho Pereira, Juan, Léo e Paulo César; Carlos Alberto Pintinho, Guina e Dudu; Catinha, Roberto e Wilsinho. O Corinthians, dirigido por Jorge Vieira, formava com Jairo; Zé Maria, Mauro, Amaral e Wladimir; Caçapava, Basílio e Sócrates; Piter, Geraldão e Wilsinho. Durante a partida, Ivan e João Luís substituíram a Juan e Wilsinho pelo Vasco, e Djalma e Toninho substituíram a Caçapava e Geraldão pelo Corinthians.

Para delírio da Fla-Fiel, o Corinthians abriu a contagem aos 11 minutos com uma bomba de Caçapava de fora da área. Parecia que ia ganhar tranqüilamente. Mas a alegria deles durou pouco. Apenas dois minutos depois, Dudu faz o passe para Roberto, Basílio corta mas Roberto recupera a bola e bate firme, da marca do pênalti. Era o empate e o inicio da reaproximação de Roberto com a torcida. Só que poucos no estádio podiam imaginar que ele continuaria fazendo gols. Roberto, em depoimento a Placar, disse que "era marcar e vibrar. Foi uma sensação fantástica. É muito difícil de descrever". Os vascaínos também estavam tendo uma sensação fantástica que aumentava a cada gol de Roberto, além de divertir-se com a multiplicação dos claros no lado oposto das arquibancadas.

Os gols foram se sucedendo com uma naturalidade surpreendente, sem que fossem cometidas grandes falhas pela defesa corintiana. Aos 27 minutos, Roberto foi avançando e, sem ninguém para tabelar, arriscou o chute de longe. A bola saiu forte, quicou na risca da pequena área e encobriu a Jairo, que mergulhava para a defesa no canto esquerdo: 2x1. Dez minutos depois, Guina faz um lançamento rasteiro e em profundidade para Roberto, que ultrapassa o zagueiro Amaral na corrida e chuta a meia altura, sem defesa: 3x1. Tudo isso ia acontecendo no gol à direita das cabines de radio, lado do reduto habitual da torcida do Vasco na arquibancada do Maracanã. Era felicidade demais. Mas ainda estava faltando. Embalado pela torcida, o Vasco encurralava o Corinthians. Dudu chuta de fora da área, Jairo rebate, Roberto vem com tudo e emenda, estufando a rede: é o quarto, aos 39 minutos. Roberto corre por trás do gol, comemorando com o punho direito erguido, e a galera enlouquece. Os vascaínos nem se importam quando o árbitro Carlos Rosa Martins marca um pênalti aos 42 minutos e Sócrates diminui para 4x2.

Os times vão para o vestiário e a torcida rubro-negra vai mais cedo para casa, abandonando por completo a coligação com os membros da fiel torcida corintiana, que ainda insistia em permanecer no estádio. Nessa altura, não havia quem não esperasse que a goleada aumentasse na etapa complementar, provavelmente com mais gols de Roberto. O segundo tempo começou em banho-maria, mas a torcida cantava "mais um" e vibrava cada vez que Roberto tocava na bola. Roberto dinamita de fora da área e Jairo manda a corner, espetacularmente. Será que a fonte secou? Nada disso. Aos 27 minutos, quase do mesmo lugar, outra bomba pelo alto, e dessa vez nem Jairo nem goleiro nenhum alcançaria: é o quinto do Vasco e o quinto e mais bonito de Roberto.

Jogo encerrado, Roberto foi até as gerais do Maracanã e, emocionado, jogou a camisa 10 para os torcedores. A torcida que lotou a metade das arquibancadas lá permanecia, de pé, ainda não acreditando no que acabara de presenciar, já rouca de tanto gritar o nome do ídolo.

Naquele dia ficou provado que Roberto tinha nascido para o Vasco e de lá nunca deveria ter saído.

Fonte: http://www.crvascodagama.com/?display=FUTEBOL-8

Vascaínos por 1 dia


O Anjo Torto

Por Valdir Appel

Ele viajou em seu confortável Impala, levando um enteado e mais dois garotos oriundos dos juvenis do Vasco, para a cidade serrana de Cordeiro, distante aproximadamente 200 quilômetros do Rio de Janeiro, para disputar um amistoso contra uma seleção local, e que marcaria a sua estréia com a camisa da cruz de malta. No caminho, fez discretas paradas em botecos de beira de estrada para molhar o papo e limpar a poeira do gogó.

Ao chegar, foi recebido pelo centroavante Bianchini, que o conduziu à residência do seu sogro. Disposto a impressionar, o anfitrião mostrou uma garrafa de cachaça envelhecida em tonel de carvalho, guardada a sete chaves, e que só seria aberta no dia em que pisasse em sua residência uma das três celebridades que tanto admirava: governador Carlos Lacerda, Pelé e Garrincha.

"Pois então, chegou a hora de abrí-la!", disse o visitante que, munido do copinho especial para doses, não se fez de rogado e repetiu várias vezes a marvada. Concordou com o anfitrião: a cachaça era realmente deliciosa! Porém, Mané preocupou-se em permitir aos garotos que o acompanhavam apenas o consumo de refrigerantes. Um barbeador elétrico foi providenciado também, para o craque fazer a barba de alguns dias.

Já o ônibus do Vasco, que levava um time composto de alguns titulares, juvenis e jogadores em teste, comandado pelo "Queixada" Ademir Menezes, foi direto para o estádio. Nos vestiários, a curiosidade e a expectativa pela estréia do ponta não era só dos dirigentes e torcedores: os próprios jogadores, principalmente os mais jovens, acompanhavam com interesse todos os movimentos do ídolo. Ficaram surpresos, principalmente pelo fato de ele vestir somente calção, meias e chuteiras, além da camisa, desprezando ataduras e o suporte que todo atleta usava.

Foi um sufoco para o time entrar em campo, todos queriam ficar próximos do homem das pernas tortas. Não havia alambrados, apenas uma mureta de madeira, separando o publico dos jogadores. Policiais fizeram um cordão de isolamento para que os dois times chegassem ao centro do gramado. Mesmo depois de iniciado, o jogo foi interrompido algumas vezes por causa da invasão de apaixonados torcedores que queriam uma foto ou simplesmente tocar naquele que já fora o maior ponta direita do mundo.

Na primeira bola que Garrincha recebeu, ele a dominou e parou em frente ao marcador. Hipnotizou-o, ensaiou a saída, e arrancou para a direita, sem a bola. O lateral o acompanhou. Mané voltou e verificou que o ponta esquerda adversário recuara em socorro do lateral, roubando a bola que ele havia deixado para trás.

A torcida explodiu numa vaia!

"Xi! Mexeram com o homem!", comentou o meia vascaíno Paulo Dias com os companheiros.

E como mexeram! Daí pra frente, foi um espetáculo, que ele jamais repetiria com a camisa do Vasco: dribles, arrancadas, passes perfeitos e um gol de falta, numa exibição magistral durante aqueles inesquecíveis 90 minutos.

Por mais incrível que possa parecer, Mané Garrincha, antes de se imortalizar com a camisa 7 do Botafogo, tentou a sorte no Vasco da Gama. Uns dizem que ele não ficou por causa das pernas tortas e de um desvio na coluna; outros, que ele não levou chuteiras e por causa disso foi impedido de treinar.

Coube ao Vasco, em 1967, atendendo ao pedido de um grupo de jogadores liderados pelo capitão Brito, a missão de tentar recuperar a "alegria do povo", já no ocaso da carreira. O último clube de Mané fora o Corinthians, onde jogara sem brilho.

Totalmente dependente da sua companheira Elza Soares, a única pessoa que lhe foi fiel, varava as noites e madrugadas acompanhando seus shows e bebendo em demasia. Mané chegava em São Januário, bem cedo para os treinos, com os olhos tristes e fundos, e revelando, no andar cansado e desanimado, sua impotência para vencer os vícios. Praticava exercícios leves que pouco ou nenhum resultado traziam ao seu corpo debilitado pelo excesso de peso. Nós percebíamos a sua boa vontade e a inutilidade dos seus esforços.

Todos torciam por ele, mas ninguém acreditava mais no seu futebol. O Vasco desistiu dele ou ele desistiu do Vasco? Nunca fiquei sabendo. Mas, ele nos reservou uma surpresa. No ano seguinte, foi o Flamengo quem lhe deu uma derradeira oportunidade. E foi justamente contra o Vasco, que ele presenteou os torcedores e admiradores com o seu ultimo grande show.

Era uma quarta-feira, de noite estrelada, propícia para a prática do futebol. O Maracanã, seu palco preferido, estava decorado a caráter. Quase 90 mil pagantes assistiram, incrédulos, suas arrancadas, sempre pela direita, em cima de um impotente lateral esquerdo, Eberval, que pedia ajuda de Fontana e Brito, que eram driblados em fila, provocando na platéia momentos de puro êxtase.

Os locutores das rádios passavam tanta emoção e vibração na narração daqueles momentos materializados como um milagre, que milhares de torcedores sem ingresso, que escutavam o jogo do lado de fora do Maracanã, colocaram abaixo um dos seus portões. Aos empurrões, alcançaram as ladeiras do estádio, pularam as catracas e chegaram as arquibancadas para poder ver o que parecera (até então!) improvável: a ressurreição de Garrincha.

A metamorfose durou menos de 45 minutos. Seus joelhos sentiram as jogadas mais duras da nossa zaga. Os torcedores, de pé, ovacionaram sua saída de campo. Um público silencioso e triste viu um segundo tempo sem graça, e o fim da magia deixar pra sempre o maior estádio do mundo.
Foi a única vitória contra o nosso maior rival que eu não comemorei.

Valdir Appel é escritor, colunista esportivo e ex-goleiro do Vasco.


VASCO DA GAMA (RJ) 6 x 1 SELEÇÃO DE CORDEIRO (RJ)
Data: 20/7/1967
Local: Cordeiro (RJ)
Juiz: Vander Carvalho
Renda: NCr$ 2.727,25
Gols: Bianchini 15', Bianchini 18, Zezinho 21, Bianchini 35/1º; Milano 10, Garrincha 20, Valfrido 35/2º.
VASCO DA GAMA: Édson Borracha (Celso); Djalma, Ivan (Joel), Álvaro e Almir; Paulo Dias e Ésio; Garrincha, Bianchini (Sílvio), Zezinho (Valfrido) e Okada (William) / Técnico: Gentil Cardoso

Fonte: http://www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/anjotorto.html

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Um baile no Campeão Europeu

Vasco 4x3 Real Madrid (I Torneio de Paris 1957)
Grande parte do texto abaixo e' uma transcricao do livro O Expresso da Vitoria - Uma Historia do Fabuloso Club de Regatas Vasco da Gama, de Abraham Bohadana, paginas 62-66.
O Torneio de Paris nasceu em 1957 para ser o grande evento do calendario internacional do futebol frances. Para sua primeira edicao foram convidados o Racing Club de Paris, um dos melhores times franceses da epoca; o Vasco, campeao carioca de 56, representando a escola sul-americana; o Rot Weiss Essen, uma das mais poderosas equipes da Alemanha; e, como grande atracao, o Real Madrid, considerado simplesmente o melhor time do mundo.
E justica seja feita, o Real era mesmo um timaco. Uma maquina, que tinha o "pessimo" habito de golear seus adversarios. Se a defesa era uma muralha, o ataque era avassalador, com destaque para o frances Raymond Kopa e sobretudo para Alfredo Di Stefano. Nao era a toa que o Real, bicampeao europeu `aquela altura, seguiria vencendo a Copa dos Campeoes Europeus seguidamente ate' 1960.

O Vasco ja' havia enfrentado aquele poderoso Real Madrid quase um ano antes, em julho de 56, na Venezuela. Em tres partidas, houvera uma vitoria para cada lado e um empate - nos dois primeiros encontros, pelo torneio Pequena Taca do Mundo, vitoria do Real por 5 a 2 na primeira rodada do turno e empate de 2 a 2 na ultima rodada do returno, resultado que inclusive deu o titulo aos espanhois. A partida foi tao boa que Vasco e Real foram convidados a realizar novo encontro no dia seguinte, que terminou com a vitoria vascaina por 2 a 0.

Quanto a Di Stefano, era um velho conhecido do Vasco. Quase 10 anos antes, Don Alfredo havia jogado pelo River Plate na final do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeoes. Anulado pela defesa cruzmaltina, o Saeta Rubia nao pode evitar o titulo invicto do Vasco naquela ocasiao.

A participacao no Torneio de Paris era para o Vasco parte de uma longa excursao de meio de ano, que havia comecado em 5 de junho no Caribe, com uma vitoria por 2 a 1 sobre a Selecao de Curacao. A seguir, uma parada em Nova York, onde em 9 de junho derrotou facilmente o Hakoach por 6 a 2. O time dirigido por Martim Francisco partiu entao para a Europa, onde faria mais onze partidas, comecando pelas duas programadas para o Torneio de Paris.

Na partida de abertura do torneio, o Vasco enfrentou o time anfitriao, o Racing, na noite de 12 de junho de 1957. Para supresa geral, o Vasco botou os franceses na roda, deixando a torcida e imprensa boquiabertos. A tal ponto que a vantagem de 1x0 no primeiro tempo (Livinho aos 22 minutos) foi considerada um presente para o adversario. E o placar final de 3x1 (Pinga aos 13 e Vava' aos 22, descontando Senac aos 44), um resultado injusto, que nao refletia nem de longe o que fora a partida.

Na partida de fundo, confirmando as expectativas, o Real nao tomou conhecimento do time alemao goleando-o por 5x0, com uma notavel exibicao de Kopa e Di Stefano.

Para a final do dia 14 de junho no Parc de Princes entre Vasco e Real Madrid, os espanhois eram considerados amplos favoritos pela imprensa francesa. No seu livro O Expresso da Vitoria - Uma Historia do Fabuloso Club de Regatas Vasco da Gama, Abraham Bohadana conta com riqueza de detalhes o que todavia ocorreu:

- Suave e' a noite
Apos uma partida preliminar maluca, que viu a vitoria do Racing sobre o Rot Weiss pelo placar esquisito de 7x5, Vasco e Real entraram em campo para a final, diante de um publico numeroso [38 mil] e avido de emocoes.

E emocoes nao faltariam: aos 4 minutos, aproveitando-se de uma indecisao de Viana, Di Stefano colocava o Real em vantagem. O gol espanhol pegou o Vasco ainda frio e criou o cenario ideal para um europeu: um jogo agradavel, uma noite maravilhosa, uma equipe brasileira habilidosa mas perdendo.

Foi entao que, num passe de magica, o Vasco passou de dominado a dominador. Seus jogadores comecaram a tocar a bola com tal habilidade que a partida foi se transformando numa verdadeira brincadeira de gato e rato. O gol de empate, era obvio, nao tardaria. Aos 20 minutos o lateral direito Dario fez um longo passe transversal para Ortunho que, de primeira, enfiou para a corrida de Pinga. O grande ponta foi a linha de fundo e jogou para tras, para Valter, que soltou uma bomba que estufou a rede espanhola.

Entre estupefatos e divertidos, os franceses aplaudiram, sem saber que o melhor estava por vir. Qual um rolo compressor, o Vasco continuou o recital. Mesmo desfalcado de alguns titulares convocados para a selecao brasileira que disputava as eliminatorias da Copa do Mundo, o Vasco botou o grande Real Madrid na roda. De modo que ninguem se surpreendeu com o segundo gol. Aos 32 minutos nova jogada de Pinga pela esquerda, novo passe para a area, desta vez para o complemento de Vava', o "Peito-de-aco", enfiado entre os zagueiros espanhois. Conquistados, os franceses ensaiaram um Vascô, Vascô.

Humilhado pelo banho de bola, o time espanhol voltou para o segundo tempo agressivo. Logo aos 8 minutos Mateos empatou, concluindo bela jogada de Kopa. Empolgados e apoiados pela torcida que ja' havia esquecido a exibicao vascaina do primeiro tempo, os jogadores do Real resolveram ganhar no grito: Gento agrediu Pinga com uma cabecada e o pau comeu durante 10 minutos. Praticamente sozinho o negao vascaino Ortunho botou o time espanhol p'ra correr.

Os animos haviam apenas serenado quando o mesmo Ortunho entrou duro sobre Mateos, obrigando o jogador do Real a deixar o gramado. Como os espanhois ja' haviam feito as duas substituicoes regulamentares, os dirigentes do Vasco se opuseram a substituicao de Mateos, numa atitude que nao contribuiu em nada para acalmar os animos.

Com Mateos fazendo numero (ou fingindo) a partida recomecou e com ela o dominio do Vasco. Ate' que aos 21 minutos veio o terceiro gol. Uma obra de arte. Uma pintura digna de ser exposta no Louvre (ou numa vitrine da Rua do Ouvidor). Em jogada sensacional, Valter enfiou uma bola de curva para Livinho deslocado pela meia esquerda. Este, cercado de espanhois por todos os lados, nao pensou duas vezes: ao inves de tentar passar a bola para um companheiro desmarcado, simplesmente optou pelo impossivel. Com um toque leve e sutil, quase diafano, tocou pelo alto encobrindo o goleiro espanhol.

Conquistados, os franceses aplaudiram. Deseperados, os espanhois tentaram reagir na raca. Mas o Vasco tinha a partida nas maos: aos 39 minutos, numa jogada acrobatica que provocaria sua contusao, o meia Valter marcaria o quarto e ultimo gol vascaino.

Completamente abatido, o Real, num sobressalto de orgulho, se lancou a frente com todas as forcas, conseguindo diminuir o marcador atraves de Kopa aos 44 minutos. A torcida, que no primeiro tempo tinha vibrado com o Vasco mas que durante a briga apoiara os espanhois, vaiou quando apos a saida a bola foi atrasada parao goleiro Carlos Alberto.

Depois do jogo, de cabeca fria, os franceses entenderam que tinham visto um espetaculo raro, embora doloroso para eles: o baile que os "sambistas" negros tinham aplicado no campeao europeu, considerado o melhor time do mundo. Vale a pena reler o que escreveu no dia seguinte Jacques Ferran no jornal l'Equipe:

"E entao, bruscamente o Real desapareceu literalmente. Seriam as camisas de um vermelho palido ou os calcoes de um azul triste que enfraqueciam a soberba equipe espanhola? Nao; e' que, antes, apareceram subitamente do outro lado os corpos maravilhosos, apertados nas camisas brancas com a faixa preta, de onze atletas de futebol, de onze diabos negros que tomaram conta da bola e nao a largaram mais.
Durante a meia hora seguinte a impressao incrivel, prodigiosa, que se teve e' que o grande Real Madrid campeao da Europa, o intocavel Real vencedor de todas as constelacoes europeias estava aprendendo a jogar futebol".

Por sua vez, o jornalista Gabriel Hanot, o mesmo que mais tarde chamaria Pele' de Rei, admitia que o Real fora totalmente dominado. No time do Vasco, a defesa com quatro zagueiros tinha causado grande impressao, mas o destaque ficava mesmo para o meio campo e para o ataque, onde Laerte, Livinho e Pinga tinham dado um show de bola.

Do Real, so' haviam escapado Kopa e Mateos. Ao grande Di Stefano, que sumiu do jogo apos ter marcado o primeiro gol, restava a frustracao de mais uma derrota frente ao Vasco. Nessa suave noite de gloria para o futebol brasileiro, a grande estrela argentina tinha sido ofuscada por um astro maior: Valter Marciano. O que Valter fez nesse jogo nao pode ser descrito por palavras. Quem viu, viu, quem nao viu, nao viu. Um futebol tao magico que levou Hanot a dizer dele que "jogou um jogo de ataque tal como ha' muito tempo nao se via na Europa".

Quando penso nessa bela e inesquecivel vitoria vascaina me pergunto ate' que ponto a magistral exibicao de Valter nao acabou contribuindo para o desfecho tragico de sua breve carreira. Comprado pelo Valencia, o grande meia acabaria morrendo num estupido desastre de automovel, deixando uma enorme saudade no coracao dos vascainos. Mesmo daqueles que, como eu, nunca o viram jogar.


O Vasco venceu com Carlos Alberto; Dario, Viana (Brito), Orlando e Ortunho (Joaquim Henriques); Laerte e Valter; Sabara', Livinho, Vava' e Pinga. O Real perdeu com Alonso; Torres, Marquitos, Lesmes e Munoz; Santamaria(Ruiz) e Mateos(Santisteban); Kopa, Di Stefano, Rial(Marshal) e Gento.

Note-se que o unico titular da defesa vascaina era Orlando. Alem de Coronel nao ter podido jogar devido a uma contusao, o Vasco viajava desfalcado de Paulinho e Bellini, convocados para a selecao. Enquanto aguardavam os compromissos desta pela Copa Roca e eliminatorias da Copa do Mundo e o resto do time excursionava, os dois zagueiros e mais alguns reservas vascainos atuariam pelo Combinado Vasco-Santos, no Rio e em Sao Paulo, por um torneio que nem chegou a terminar pelo fracasso de publico. Apesar disso, vale a pena observar que nestes jogos do Combinado um desconhecido rapaz de 16 anos (JPEG, 28k), futuro Rei do Futebol, causaria sensacao, a ponto de merecer a sua primeira convocacao.

Apos conquistar o Torneio de Paris, o Vasco partiu para a Espanha, onde deu seguimento a sua empolgante campanha dois dias depois, com uma sensacional vitoria sobre o Atletico Bilbao por 4x2 em La Coruna, na disputa do Trofeu Teresa Herrera. Cairam entao sucessivamente o Valencia por 3x1, em Valencia; o Barcelona, por uma homerica goleada de 7x2 em pleno Nou Camp; novamente o Valencia, por 2x1; em Portugal, o Benfica, por 5x2 no Estadio da Luz; e de volta a Barcelona, o Espanyol, por 3x1. Nos cinemas espanhois, os gols e lances das vitorias vascainas eram aplaudidos quando exibidos nos jornais da tela.

Mais de um mes apos ter deixado do Brasil, o Vasco ainda deslocou-se ate' a Uniao Sovietica onde, ja' desgastado e desfalcado, foi derrotado pelo Dinamo Kiev por 3x1, pelo Dinamo Moscou pelo mesmo placar e, encerrando a longa e cansativa excursao em 14 de julho, pelo Spartak por 1x0.

Eli do Amparo, homem negro, alto e de pernas tortas.

Jogando no Canto do Rio, o médio-direito Eli mostrou um futebol que despertou o interesse do Vasco da Gama. Em São Januário, brilhou por longos anos e inesquecíveis anos. Jogador valente, vigoroso, disciplinado, exemplo de atleta. Um líder com a camisa do Vasco e da seleção brasileira nos anos 40 e 50.
Conhecido como o Xerife, foi campeão carioca várias vezes, brasileiro e sul americano com a camisa cruzmaltina. Pela seleção brasileira conquistou o pan-americano em 1952 e disputou a Copa do Mundo de 1950 e 54.
Encerrou sua vitoriosa carreira no Sport do Recif,e em 1955, onde protagonizou uma das passagens memoráveis do nosso futebol ao conquistar seu último título, o de campeão pernambucano pelo Leão da Ilha.
Na partida final contra o Náutico, Eli recebeu uma cotovelada do ponteiro Ivanildo que abriu a sua testa, fazendo jorrar sangue pra todo lado. Enquanto Eli era atendido, Ivanildo fez o segundo gol timbú, desempatando o jogo que estava um a um.
Eli voltou ao campo - com a camisa ensangüentada e a cabeça enfaixada para conter o sangue – e comandou a reação do seu time. Portando-se como um verdadeiro leão, Eli impedia todas as investidas do adversário por cima ou por baixo. Nas bolas altas metia a cabeça empapando a faixa branca do rubro sangue do seu time.
O empate não demorou a acontecer e um lançamento perfeito de Eli para o centroavante Naninho levou o Sport à vitória por 3x2.
Virou lenda em Pernambuco.
Depois, como treinador, mostrou seu lado mais afável. Tratava os jogadores como filhos. Era um gentleman a desfilar cortesia nos bastidores da bola.
O Vasco abriu suas portas novamente para Eli, que foi funcionário do clube por longos anos exercendo varias funções: de técnico, auxiliar-técnico e preparador de goleiros inclusive.
Sempre foi o homem de confiança dos treinadores que passaram pelo Vasco, entre eles o elegante e finíssimo Zezé Moreira. Formavam uma dupla de homens inteligentes, atenciosos e de indiscutível competência. Juntos conquistaram o Torneio IV Centenário do Rio de Janeiro e a Taça Guanabara em 1965 e o Torneio Rio - São Paulo em 1966. Este último, dividido com mais três equipes. Por falta de datas no calendário, a CBD (antiga CBF) proclamou campeões os times do Corinthians, Botafogo, Santos e Vasco.
Até o final dos anos 60, o cargo de treinador de goleiros nos clubes brasileiros era preenchido por um ex-profissional de futebol. E esta função também era acumulada pelo Eli, que pelos anos de prática, sabia chutar muito bem, condição básica para preparar goleiros na época. Estes treinamentos consistiam em exaustivas seqüências de chutes de longa e curta distância, cruzamentos e cobranças de faltas até o goleiro cair “morto”. Cair morto, segundo os entendidos da época, determinava que o goleiro tinha treinado muito bem. Levar à exaustão era sinônimo de boa preparação. No encerramento dos trabalhos, Eli alinhava várias bolas em cima do travessão do gol de entrada dos vestiários de São Januário - as traves eram quadradas na época. Depois, deslocava-as com chutes certeiros de fora da área. Muitos tentavam a proeza e raramente conseguiam e, quando apostavam, perdiam.
Graças a Eli subi rapidamente à condição de titular do Vasco em 1966 e, em 1969, tive a oportunidade de ser dirigido por ele no Sport do Recife, quando fui cedido ao time da Ilha do Retiro por empréstimo.
(Eli do Amparo nasceu em Paracambi-RJ, em 14/05/1921 . Faleceu em 09/03/1991 Copas: 1950. Jogos pela seleção: 19 (3 não-oficiais). Clubes: Canto do Rio, Vasco, Lusa e Sport. Títulos: Campeão carioca em 1945, 47, 49, 50 e 52 e Sul-Americano em 49, pelo Vasco; pernambucano em 55, pelo Sport; da Copa América em 49, pela seleção brasileira).

Fonte: http://valdirappel.blogspot.com/2008_07_06_archive.html

C.R. Vasco da Gama

VASCO DA GAMA (RJ) 1 X 0 SÃO CRISTOVÃO (RJ)
Data
: 29/01/1995
Campeonato Estadual
Local : Estádio De São Januário / Rio De Janeiro (RJ)
Arbitro : Jorge Dos Santos Travassos
Público : 5.736
Gols : Clóvis 12/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio, Leandro, Luisinho, França (Richardson), Yan, Valdir (Gian) e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
SÃO CRISTOVÃO: Serginho, Mano, Marcelo, Marcílio, André Duarte, Arilson, Vinícius, Moreno, André Oliveira (Paulo Alexandre), Washington (Cristiano) e Beca / Técnico : Jaílson Guimarães

VASCO DA GAMA (RJ) 0 x 0 BARREIRA (RJ)
Data :
02/02/1995
Campeonato Estadual
Local : Estádio Eucy De Resende Mendonça / Bacaxá
Arbitro : Cláudio Vinícius Cerdeira
Público : 2.621
Gols : Clóvis 12/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio, Leandro, Luisinho (Gian), França, Yan, Valdir e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
BARREIRA: Jorcey, Paulinho Pereira, Brasília, Tino, Wagner, Andrade (Barão), Cristovão, Adílson Heleno, Ernani, Cacalho e Adílio (Zé Carlos) / Técnico : Alfredo Sampaio

VASCO DA GAMA (RJ) 1 x 0 ITAPERUNA (RJ)
Data : 05/02/1995
Campeonato Estadual
Local : Estádio De São Januário / Rio De Janeiro
Arbitro : Sérgio Cristiano do Nascimento
Público : 5.055
Gols : Clóvis 11/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio, Leandro, Luisinho (França), Gian (Richardson), Yan, Valdir e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
ITAPERUNA: Pacato, Flávio, Roni, Rondinelli, Helinho, Januário (Marcão), Ramalho, Geovani, Robinho (Zé Aílson), Paraíba e Betinho / Técnico : Paulo Massa

VASCO DA GAMA (RJ)6 x 1 OLARIA (RJ)
Data : 08/02/1995
Campeonato Estadual
Local : Estádio De São Januário / Rio De Janeiro
Arbitro : Jorge Luís Carius
Público : 630
Gols : Pimentel 16, Andrei 28, Marcão Contra 34, Valdir 35/1º, Clóvis 16, Clóvis 17 e Yan 36/2
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio (Bruno Carvalho), Leandro, Luisinho, Richardson, Yan, Valdir e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
OLARIA: Chico, Leandro, Deninho (Lins), Marcão, Renan, Niltinho, Adriano, Eduardo, Igor, Luciano Silva e Andrei / Técnico : Toninho

VASCO DA GAMA (RJ) 3 X 0 AMÉRICA (RJ)
Data : 12/02/1995
Campeonato Estadual
Local : Estádio De Moça Bonita / Rio De Janeiro
Arbitro : Ubiraci Damásio
Público : 4.615
Gols : Leandro 35, Gian 39 e Gian 43/2º
Expulsão : Cássio (Vasco)
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Paulão, Ricardo Rocha, Cássio, Luisinho (Bruno Carvalho), Leandro, Richardson, Yan (Gian), Valdir e Clóvis / Técnico : Nelsinho Rosa
AMÉRICA: Alexandre Cruz, Robson, Sant Clair, Valtinho, Vanderson, Gilcínei, Carlinhos (Maurício), Zinho, Rogério, André Miquimba e Gílson (Álvaro) / Técnico : Luisinho Lemos

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Campeonato Carioca 1950

Golaço de Ademir

Credito: Texto e foto: http://www.museudosesportes.com.br/
A decisão do campeonato carioca, verificou-se no Estádio Municipal do Maracanã, e foi, indiscutivelmente, o fecho de ouro do certame guanabarino. Os quadros que mais fizeram de bom dentro do campeonato, em confronto decisivo, ofereceram ao maior publico já presente a um jogo de certames regionais, um espetáculo colorido, onde nada faltou para arrebatar de emoções os torcedores que estiveram no estádio. Vasco e América não tiveram medo da derrota e procuram jogar para a vitória.

E o encontro, cuja decisão mais parecia ser fruto da maior classe do Vasco, teve duas fases distintas. A primeira, em que o América foi mais time, mais conjunto e, por isso mesmo, o dominador da cancha. A segunda, em que o Vasco tomou conta da situação, penetrando seguro no rumo certo da conquista suprema. A objetividade do Vasco se fez notar, uma vez mais nessa peleja. No primeiro tempo, o América, mesmo dominando, marcou um gol, mas sofreu outro. Na etapa final, quando o controle das ações pertenceram ao onze cruzmaltino, o Vasco voltou a marcar um gol sem que o América conseguisse mais outro. E se o empate já era bastante para a conquista do Vasco, a vitória lhe sobrava.

Logo aos três minutos, Ademir assinalou um gol. Uma boa virada que cobriu Osni, no momento em que o goleiro saia para cortar a trajetória da bola. Esse gol deu maior tranqüilidade a família vascaina, pois ao América se tornou muito mais longínquo a hipótese de atingir o campeonato, já que o Vasco levava a vantagem do empate. Sacudindo o nervosismo que esse gol lhe causou, o América reencontrou o seu melhor jogo e começou a empurrar o Vasco para dentro do seu próprio campo, que somente atacava as custas de manobras isoladas que pontificavam em escapadas perigosas de Ademir, Ipojucan e Djair. E, Maneco, aos 33 minutos, valendo-se da sua superioridade, conquistou o empate que o time vinha fazendo por merecer. Foi um belo gol do Saci, depois de uma finta espetacular em Eli.

O América prosseguiu dominando até o final da etapa inicial, mas o Vasco continuava a ser quase invulnerável , mesmo quando o antagonista o dominava. No tempo complementar, o Vasco tomou as rédeas da contenda, dominou por sua vez o adversário e fez o gol da vitória pela sua categoria superior e da sua classe bem maior que a do América. O merecimento da vitória vascaina está precisamente na sua maior superioridade clássica. Seus homens são mais experimentados que os do América. Ademir, numa carga isolada, empurrou a bola as redes de Osni, como só ele podia empurrar. O Vasco agora, era o detentor do titulo que nunca conseguira, o de bi campeão carioca, está de parabéns.

Cabe elogios ao Vasco, cujo titulo ninguém contestará, e exaltar o América pela sua campanha brilhante, que o levou de um mero participante despretensioso, a finalissima do campeonato. Se o vasco foi grande por ter encontrado seu jogo que parecia perdido, o América também foi grande por ter ultrapassado a própria expectativa.


VASCO DA GAMA (RJ) 2 x 1 AMÉRICA (RJ)
Data: 28/01/1951.
Campeonato Carioca 1950
Local : Estádio do Maracanã
Juiz: Carlos de Oliveira Monteiro.
Renda: 1.577.014,00.
Gols: Ademir (2) e Maneco
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Laerte, Eli, Danilo e Jorge, Alfredo, Ipojucan, Ademir, Maneca e Djair.
AMÉRICA: Osni, Joel e Osmar, Rubens, Osvaldinho e Godofredo, Natalino, Maneco, Dimas, Ranulfo e Jorginho







terça-feira, 11 de novembro de 2008

Vascaínos por 1 dia


Crédito: http://www.netvasco.com.br/mauroprais
Zico

Quando compôs a sua música "Pega na Mentira", o compositor vascaíno Erasmo Carlos nunca poderia suspeitar que o verso de abertura que dizia "Zico está no Vasco" deixaria de ser mentira pouco mais de 10 anos depois, mesmo que por um dia.
Após ser protagonista da conquista do quinto título invicto de campeão carioca pelo Vasco em 1992, Roberto Dinamite, o maior artilheiro do Vasco de todos os tempos, anunciou o encerramento da sua longa e notável carreira. Um jogo de despedida foi programado para a noite de 24 de março de 1993, uma quarta-feira. O adversário convidado foi o clube espanhol Deportivo La Coruña, para onde recentemente havia se transferido o ex-ídolo vascaíno Bebeto. Para participar da festa foi convidado Zico, que àquela altura já atuava no futebol japonês e veio ao Brasil especialmente para a festiva ocasião. Um Maracanã com bom público (quase 30 mil pagantes) testemunhou a imagem insólita do Galinho de Quintino no seu dia de vascaíno, atuando no primeiro tempo em dupla com Roberto, numa bonita homenagem.

O Vasco perdeu a partida e uma invencibilidade de nove meses, mas o resultado era o que o que menos importava. Ali pendurava as chuteiras o seu maior ídolo. Eis a súmula do amistoso:

VASCO DA GAMA (RJ) 0 x 2 DEPORTIVO LA CORUÑA (ESP)
Data: 24/3/1993
Amistoso Internacional
Local: Estádio do Maracanã
Juiz: José Roberto Wright
Renda: Cr$ 2.790.250,00
Público: 28.926
Gols: Bebeto 38/1º,Nando 50/2º
VASCO DA GAMA: Carlos Germano, Pimentel, Jorge Luís, Tinho e Cássio; Luisinho, Leandro, William e Zico (Geovani); Bismarck e Roberto (Valdir)/ Técnico: Joel Santana.
DEPORTIVO: Liaño (Yosu), Djucik, Albístegui (Savin) e Ribera; José Ramón, Mauro Silva, Nando, Mariano e Marcos (Ramón); Fran e Bebeto (Antônio).

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Marcely Soares e Camila Lomboni são Campeãs Estaduais de Ginástica

Camila Lomboni


Marcely Soares e Camila Lomboni são Campeãs Estaduais de Ginástica

Foi disputado neste domingo (09/11) na sede do C.R. Flamengo, o Campeonato Estadual de Ginástica Artística. O Vasco esteve presente na competição com seis atletas sob comando do técnico Orlando Sant´Anna e conquistou um total de três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze.

O destaque cruzmaltino ficou por conta de Marcely Soares e Camila Lomboni que foram Campeãs Estaduais nas categorias Juvenil Intermediário e Infantil Iniciante respectivamente.

Pela categoria Pré-Infantil B Nível 8, o Vasco foi Campeão por Equipes com Abelyn Ariata conquistando a medalha de prata e Joyce de Jesus a de bronze. Participaram também da equipe: Milena Leal e Ingrid Lemos.

Jorge



Nome: Jorge Dias SacramentoNascimento: 22/03/1924, Recife-PEFalecimento: 30/07/1998, Rio de Janeiro-RJPeríodo: 1944 a 1954Posição: Lateral-esquerdo
Integrante da famosa linha media do Expresso da Vitoria, Eli, Danilo e Jorge, conquistou a torcida como um marcador implacavel e eficiente. Considerado um dos melhores do Vasco na sua posicao em todos os tempos. Foi titular da selecao carioca que se sagrou campea brasileira em 1946. Pelo Vasco, foi campeão carioca nos anos de 1945, 1947. 1949. 1950 e 1952, e campeão sul-americano de clubes em 1948.

Fonte: http://www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/idolos4.html

sábado, 8 de novembro de 2008

Sul Americano de Clubes 1948



A competição, disputada no Chile, foi a primeira conquista pelo futebol brasileiro no exterior. Incluindo a seleção brasileira. O Vasco foi campeão invicto com quatro vitórias e dois empates e superou um dos principais clubes da época: o River Plate, da Argentina, que era chamado de "La Maquina" e tinha o craque Di Stéfano. O Sul-Americano de Clubes Campeões foi o título mais importante do Vasco até a conquista da Taça Libertadores em 98.

A Conmebol passou a reconhecer a competição em 1996, e o Vasco se tornou o primeiro campeão sul-americano. A reivindicação da diretoria ocorreu para o clube ter o direito de disputar a Supercopa, que reunia todos os campeões de Libertadores.
A defesa do Vasco usou como principal prova um livro antigo da Conmebol, que havia sido descoberto na época, e contava a história da Taça Libertadores. No livro, o Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948 foi considerado o "embrião" da Libertadores.

Os heróis do título

BARBOSA: Considerado o maior goleiro da história do Vasco, Barbosa faleceu no dia 7 de abril de 2000, em Santos (SP). Foi o goleiro menos vazado e fundamental para a conquista do título Sul-Americano de Clubes Campeões, em 1948. Sofreu três gols em seis jogos na competição e teve grande atuação no jogo decisivo contra o River Plate, da Argentina. Titular da Seleção Brasileira, defendeu o Vasco entre 1945 e 1955 e entre 1958 e 1960. Foi o jogador que mais títulos conquistou com a camisa cruzmaltina: campeão carioca em 1945, 1947, 1949, 1950, 1952 e 1958; municipal em 1945, 1946 e 1947; sul-americano em 1948; do Torneio Relâmpago em 1946; e do Torneio Início em 1945, 1948 e 1958.

BARCHETA: Goleiro reserva de Barbosa, Fausto Barcheta entrou no segundo tempo da partida contra o Municipal, do Peru. Foi sua única participação no Sul-Americano de 1948. Era o jogador mais experiente do time na competição com 30 anos. No ano seguinte, se transferiu para o Flamengo.

WILSON: Zagueiro titular na conquista, Wilson participou de cinco dos seis jogos. Ficou fora apenas da partida contra o Emelec. Foi um dos destaques da final ao marcar o craque do River Plate, Di Stéfano. Faleceu em 1998. Jogou por nove anos no Vasco, de 1943 a 1952.

RAFAGNELLI: Ex-zagueiro argentino revelado pelo River Plate que atuou no Vasco da Gama de 1943 a 1948, Rafagnelli morreu no dia 6 de julho de 2001. Foi sepultado em Maricá, na Região dos Lagos. Então titular absoluto da zaga, foi barrado pelo técnico Flávio Costa na final em uma história até hoje cheia de versões. O treinador, anos mais tarde, disse que não sentiu confiança no zagueiro na véspera da final. Rafagnelli enfrentaria o ex-clube. Mas acabou entrando no segundo tempo com a lesão de Wilson. Antes de falecer, Rafanelli morava na Casa de repousos Docelar, em Niterói.

AUGUSTO: O zagueiro Augusto jogou quatro partidas do Sul-Americano de 1948. Faleceu em 2004. Foi um dos principais jogadores do Expresso da Vitória: campeão carioca em 1945, 1947, 1949, 1950 e 1952.

ELY: Meia bastante técnico, Ely participou dos seis jogos do Sul-Americano. Morreu em 1991 aos 69 anos. Disputou as Copas de 1950 e 1954; Está na lista dos maiores ídolos do Vasco.

DANILO: Um dos maiores craques brasileiros em todos os tempos, Danilo, infelizmente, morreu pobre e esquecido, morando num asilo, em 16 de maio de 1996. Chamado de "O Príncipe" por sua classe e habilidade, Danilo Alvim participou dos seis jogos do Vasco no Sul-Americano e fez um gol em cima do Nacional, do Uruguai. Titular na Copa de 1950. Era um dos maiores jogadores do Expresso da Vitória.

JORGE: Integrante da famosa linha de meio-campo do Expresso da Vitória com Ely e Danilo, o meia era um marcador eficiente. Jogou as seis partidas do Sul-Americano de 1948 e foi importante nos empates com o Colo Colo e o River Plate. Faleceu em 1998, no Rio de Janeiro.

MOACIR: Único jogador do elenco que não entrou em campo na conquista do Sul-Americano de 1948. Meia, Moacir tinha 23 anos na época da conquista.

ADEMIR MENEZES: O Sul-Americano marcaria a volta de Ademir ao Vasco após um período no Fluminense. Mas o atacante se machucou na primeira partida na competição, mas não sem antes marcar um gol sobre o Nacional, do Uruguai. Com uma fratura no tornozelo ficou apenas torcendo pelos companheiros no Chile. Faleceu em 1996, aos 73 anos, no Rio de Janeiro. É o segundo maior artilheiro da história do Vasco, com 301 gols. Fica atrás apenas de Roberto Dinamite. Ademir foi titular absoluto da seleção brasileira e o artilheiro da Copa do Mundo de 1950, com oito gols.

NESTOR: Atacante, Nestor participou de duas partidas do Sul-Americano de 1948 entrando no segundo tempo. Não fez gol. Era o jogador mais novo da delegação, com 21 anos.

LELÉ: Atacante, Lelé entrou no time com a contusão de Ademir e fez três gols no Sul-Americano. Garantiu a vitória sobre o Litoral, da Bolívia, na estréia da competição ao marcar os dois gols. Era um dos mais experientes do grupo, com 29 anos. Foi até citado numa marchinha de carnaval que se tornou popular na voz da cantora Linda Batista. Faleceu em 2003.

DJALMA: Meia-atacante, Djalma Bezerra dos Santos participou de toda a campanha do título. Jogou as seis partidas, mas não fez gol. Foi vítima de trágico e fatal acidente durante o carnaval de 1954.

MANECA: Meia-atacante, Maneca jogou as seis partidas e marcou um gol no Sul-Americano de 1948. Faleceu em 1961. Participou das Copas de 1950 e 1954. Atuou pelo Vasco de 1947 a 1955. Jogava tanto na meia-direita como na meia-esquerda.

CHICO: Ponta veloz, inteligente e que chutava forte com os dois pés, Chico vestia a camisa 11 do Expresso da Vitória. Participou dos seis jogos da campanha, mas não fez gol. Como não tinha passaporte, foi o último jogador a chegar ao Chile para a competição. Foi expulso no jogo decisivo contra o River Plate após fazer um gol que foi mal anulado pelo árbitro. Faleceu no dia 1º de outubro de 1997. Na Copa do Mundo de 1950, ele jogou quatro partidas e marcou quatro gols pela seleção brasileira.

FRIAÇA: Foi o artilheiro do Vasco no Sul-Americano de 1948 com quatro gols. É o único jogador titular daquele time ainda vivo. Albino Friaça Cardoso foi também o autor do único gol brasileiro na final da Copa do Mundial de 50, em que o Uruguai derrotou o Brasil por 2 a 1, em pleno Maracanã.

ISMAEL: Atacante veloz, Ismael participou dos seis jogos do Sul-Americano e marcou dois gols. O mais importante garantiu a vitória de 1 a 0 sobre o Emelec, do Equador. Resultado que deu a vantagem de jogar pelo empate ao Vasco sobre o River Plate na partida decisiva.

DIMAS: Atacante reserva, Dimas participou de quatro partidas do Sul-Americano, mas não balançou a rede.

FLAVIO COSTA: Técnico do time, Flávio Rodrigues Costa faleceu no dia 22 de novembro de 1999. Acabou sendo estigmatizado por ter sido o treinador da seleção brasileira na derrota da Copa do Mundo de 1950. Foi nove vezes campeão carioca, sendo quatro pelo Vasco.


As súmulas das partidas


VASCO DA GAMA (RJ) 2 x 1 LITORAL (BOL)
Data: 14/02/1948
Local:Estádio Nacional / Santiago, no Chile
Árbitro: Carlos Lesson (CHI)
Gols: Lelé (2); Sandoval
Cartão vermelho: Ismael (V)
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto (Rafagnelli) e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Friaça, Maneca (Ismael), Dimas (Djalma), Lelé e Chico.
LITORAL: Gafure (Millan), Arraz e Bustamante; Vargas, Valencia e Ibanez; Sandoval, Rodriguez, Caparelli, Gutierrez e Orgaz.

VASCO DA GAMA (RJ)4 x 1 NACIONAL (URU)
Data: 18/02/1948
Local: Estádio Nacional / Santiago, no Chile
Árbitro: Higino Madrid (CHI)
Gols: Ademir, Maneca, Danilo e Friaça; Wálter Gómez
VASCO DA GAMA: Barbosa, Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ademir (Ismael) e Chico.
NACIONAL: Paz, Raul Pini e Tejera; Gambetta (Talba), Rodolfo Pini e Cajiga; Castro, Wálter Gómez, Marin, José Garcia e Orlandi.

VASCO DA GAMA (RJ)4 x 0 MUNICIPAL (PER)
Local: Estádio Nacional / Santiago, no Chile
Data: 25/02/1948
Árbitro: Julio White (CHI)
Gols: Lelé, Friaça (2) e Ismael
VASCO DA GAMA: Barbosa (Barcheta 37'/2ºT), Wilson e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas 28'/2ºT), Friaça, Lelé (Ismael, intervalo) e Chico.
MUNICIPAL: Suárez, Cavadas e Perales; Colunga, Castillo e Cellis (Ruiz 18'/2ºT); Mola (Navarrete 38'/2ºT), Mosquera (López 14'/2ºT), Drago, Guzman e Torres.

VASCO DA GAMA (RJ) 1 x 0 EMELEC-EQU
Estádio: Nacional, em Santiago, no Chile
Data: 29/02/1948
Árbitro: Higino Madri (CHI)
Gol: Ismael
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Dimas), Friaça, Lelé (Ismael) e Chico (Nestor).
EMELEC: Arias, Zurita e Enriquez; Mendonza I, Alvarez e Ortiz (Riveros); Fernandez, Jiménez, Alcibar, Yepes e Mendonza II.

VASCO DA GAMA (RJ) 1 x 1 COLO COLO (CHI)
Data: 07/03/1948
Local: Estádio Nacional / Santiago
Árbitro: Carlos Paredes (BOL)
Gols: Farias; Friaça
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Wilson; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé) (Maneca), Friaça, Ismael e Chico (Nestor).
COLO COLO: Fernandes, Fuerzalida (Urroz) e Pino; Machuca, Miranda e Muñoz; Castro (Clavero), Farias, Infante (Lorca), Varela e López.
* Obs.: O regulamento permitia que um jogador substituído voltasse a campo.

VASCO DA GAMA 0 x 0 RIVER PLATE (ARG)
Data: 14/03/1948
Local: Estádio Nacional / Santiago, no Chile
Árbitro: Nobel Valentine (URU)
Cartões vermelhos: Chico (V) e Mendez (RP)
VASCO DA GAMA: Barbosa, Augusto e Wilson (Rafagnelli); Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca (Lelé), Friaça (Dimas), Ismael e Chico
RIVER PLATE: Grizetti, Vaghi e Rodríguez; Yácono (Mendez), Rossi e Ramos (Ferrari); Reyes (Muñoz), Moreno, Di Stéfano, Labruña e Lostau

Fonte: globoesporte